quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

"Mais Médicos" e Faculdade de Medicina

Foi noticiado nos últimos dias pela imprensa local a possibilidade do município de Assis ser agraciado com uma faculdade de Medicina num futuro próximo graças a inscrição da cidade no programa do governo federal intitulado "Mais Médicos" que tem por objetivo levar médicos estrangeiros para locais onde há falta de profissionais nesta área. É claro que tal notícia está no terreno das hipóteses, entretanto, é algo possível e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ofereceu esperanças para Assis após contato com o vereador Reinaldo Nunes (PT). É importante ressaltar o papel desempenhado pela secretária municipal da Saúde, Denise Fernandes, que inscreveu Assis no programa "Mais Médicos" após convencer a cúpula da administração municipal que enxergava esta iniciativa - digamos - "não com bons olhos". 
O programa inicialmente foi torpedeado por todos os lados, principalmente pela trinca formada pelo PSDB-PPS-DEM que chegou a dizer que a vinda de médicos cubanos ao Brasil poderia fomentar "focos guerrilheiros" no país. Entretanto, a presidenta Dilma Roussseff e o ministro Alexandre Padilha enfrentaram a situação e conseguiram implantá-lo. Mas, não foi fácil. As adversidades foram muitas com enxurradas de ações na Justiça patrocinadas por associações médicas brasileiras que tentaram de todas as formas inviabilizá-lo. É estranho os médicos brasileiros agirem dessa forma. Não querem trabalhar no SUS e são contra que o governo federal traga médicos estrangeiros para atender principalmente a população carente que é desassistida por médicos em postos de saúde e unidades de urgência e emergência. 
Na verdade, quem foi contra o programa é uma elite raivosa que não admite que a população pobre seja assistida de forma digna. Esta mesma elite que não vai ao pronto-socorro público ou frequenta o SUS porque é detentora de caros planos de saúde que a assiste quando alguém da família fica doente. O pior disso tudo foi o preconceito que trataram os médicos cubanos que chegaram ao Brasil para cuidar de brasileiros que não recebem assistência do Estado nas mais diferentes esferas. Em Fortaleza, médicos fizeram um "corredor polonês" achincalhando os profissionais cubanos. Os médicos cubanos foram destratados da pior forma possível. Uma colunista da "Folha" - Eliane Catânhede - chegou ao cúmulo de comparar as médicas cubanos a "empregadas domésticas" pela aparência que apresentavam e por serem negras. 
Este é o retrato de uma elite raivosa e odiosa que não admite que o Estado cuide dos mais necessitados. Esta mesma elite que nada de braçadas com governos que apóia se locupletando do Estado nas mais diferentes situações. Diante deste quadro, necessário para que as pessoas entendam as dificuldades que o governo da presidenta Dilma enfrentou para implantá-lo, o programa "Mais Médicos" poderá beneficiar cidades do porte de Assis com uma faculdade de Medicina democratizando, dessa forma, o acesso à saúde dos mais pobres. Foi este programa que a rancorosa elite brasileira foi contra e agora se cala, com as críticas na grande imprensa desaparecendo temendo o desgaste político caso prossiga ser contra. 
Tomara que Assis consiga realmente conquistar uma faculdade de Medicina e a mesma seja instalada na Fema. Isso seria um ganho fabuloso para Assis e todo o Médio Vale Paranapanema, já que traria modificações substanciais na área da saúde e em todos os setores do município. A cidade sofreria uma transformação espantosa com a implantação da faculdade de Medicina, e faria com que Assis desse um salto de qualidade espantoso. 

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