segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Preços dos combustíveis

Algo deve estar diferente em Assis. Em Londrina, os preços do litro do álcool estava em torno de R$ 1,79, enquanto em Assis os preços cobrados nas bombas dos postos de combustíveis locais estão na ordem de R$ 2,09. Alguém necessita encontrar explicações o por quê há uma diferença tão assustadora entre os preços cobrados em Londrina e os preços cobrados em Assis. Afinal, o álcool adquirido pelos proprietários de postos de combustíveis em Londrina não é nada diferente daquele comprado em Assis. 
E não necessita ir tão longe para observar as diferenças entre preços do litro do álcool entre Assis e outros municípios. Enquanto os preços do litro do álcool em Assis é cobrado em torno de R$ 2,09, em postos de combustíveis nas rodovias que cercam o município os preços estão na faixa de R$ 1,89. Como explicar tal diferença? 
A sensação que se tem é que existe um cartel entre os proprietários de combustíveis em Assis. Afinal, como explicar que a maioria dos postos de combustíveis cobram praticamente o mesmo preço, com poucos centavos de diferença entre um e outro? Diante deste quadro, caberia ao Ministério Público observar o por quê isso vem acontecendo em Assis, onerando o consumidor que nada tem a ver com isso. 
O Ministério Público poderia cobrar isso da entidade que representa os proprietários de postos e que apresentem planilhas neste sentido. Afinal, se eu andar quatro quilômetros e for até um posto na rodovia Miguel Jubran, ou mesmo na rodovia Raposo Tavares, consigo abastecer o meu veículo com etanol em torno de R$ 1,89. Já, se eu estiver em Londrina, consigo abastecer o veículo com o preço do etanol em torno de R$ 1,79. 

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O modo do PSDB governar na educação paulista

É incrível, mas é verdade. Recentemente, a Diretoria Regional de Ensino de Assis, a exemplo das demais diretorias de Ensino do Estado de São Paulo, reuniu os diretores das escolas da cidade e região, para comunicar que foram cortadas as verbas para compra de materiais de escritório e produtos de higiene. Quem trabalha nas escolas, já percebe que isso já vem acontecendo, havendo o cúmulo de não ter papel para os professores, equipe gestora e funcionários enxugarem as mãos. E daqui a pouco vai faltar papel higiênico. 
A mídia tucana se cala em função desse descalabro. Isso acontece em função da blindagem promovida pela mídia chapa-branca - que recebe fortunas em publicidade e outras regalias do governo estadual - para se manter calada. Nem as maracutaias dos sucessivos governos tucanos no Estado de São Paulo ganham os holofotes, como é o caso do Trensalão, quando foram desviados valores milionários. Agora passada as eleições, a sociedade descobre que até papel higiênico falta nas escolas públicas do Estado de São Paulo. 
As instituições de ensino estão terminando o ano letivo sem papel higiênico, folha papel sulfite, sabonetes, copos descartáveis e outros itens básicos. 
As escolas também ficarão sem a verba que anualmente era encaminhada para a realização de reformas no prédio e sem o dinheiro para contratação de professores-estagiários e para a realização de atividades culturais fora da escola. 
Os materiais escolares e produtos básicos para a manutenção das escolas são comprados por meio da chamada Verba Gimba, que deveria ser entregue mensalmente às escolas, de acordo com o número de alunos. Ela foi cortada em algumas unidades entre novembro e dezembro, o que obrigou muito dos seus gestores a tirarem dinheiro de outros projetos. A Secretaria de Estado da Educação alega "replanejamento" para justificar tais medidas. Como se Educação necessite de "replanejamento", um termo tão à gosto dos tucanos. É por isso que a educação pública no Estado de São Paulo é um desastre total. 
Apesar de toda a retórica sobre "austeridade fiscal" que os tucanos bravateiam e a mídia chapa-branca amplifica, o Estado de São Paulo está falido. Geraldo Alckmin apresentou três déficits orçamentários consecutivos. Em 2011 foi de R$ 723,9 milhões; em 2012, foi de R$ 240,5 milhões; e em 2013 fechou em R$ 995 milhões. 
Esta "austeridade fiscal" que Alckmin e seus asseclas do PSDB estão adotando no Estado de São Paulo é a responsável pela falta de materiais básicos e papel higiênico nas escolas paulistas, inclusive de Assis e região. Quem duvidar, vá um banheiro de uma escola da cidade e vai verificar se é verdade ou não. 




quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

O lixo nosso de cada dia e a senhora Moro

A Prefeitura de Assis havia feito um contrato com uma empresa de Quatá que transportou o lixo do município pelo período de três meses àquela cidade. Após três meses, o contrato venceu e renovado. Tal contrato tinha por objetivo dar um destino ao lixo de Assis em função da desativação do aterro sanitário que funcionou por muitos anos próximo ao Horto Florestal. 
Entretanto, com a desativação do aterro sanitário e o fim do contrato com esta empresa de Quatá, simplesmente a Prefeitura Municipal começou a depositar milhares de toneladas de lixo doméstico no pátio e arredores da Usina de Lixo e Compostagem construída pelo ex-prefeito Santilli Sobrinho. A situação no local é absurda e os chacareiros que residem ali próximo não sabem mais o que fazer. 
Ou seja, a Prefeitura deixou de enviar o lixo para o aterro sanitário e o trouxe para a área urbana do município aonde residem as pessoas. A situação no local é caótica e o número de urubus que estão no local é assustador. O risco de doenças e a falta de higiene é preocupante. Diante disso, a pergunta que se deve fazer é a seguinte: o Ministério Público do Meio Ambiente não vai tomar nenhuma providência? 
Afinal, a Prefeitura Municipal fez um acordo com o MP e o está descumprindo à medida que deixa o lixo amontoado na Usina de Lixo próximo da área urbana. E no local trabalham as pessoas da cooperativa de reciclagem. Algo necessita ser feito urgente. Imagino se Assis fosse governado pelo PT. Com certeza, o MP já teria entrado com uma Ação Civil Pública contra o prefeito petista. Mas como é do PSDB...

FUNCIONÁRIA DO GABINETE DO VICE-GOVERNADOR DO PARANÁ - Rosângela Wolf de Quadros Moro é esposa de Sérgio Moro, juiz responsável pela operação"Lava Jato", apontado por diversos juristas de nome e renome como o "Rei dos Vazamentos", mas só quando os depoimentos citam alguém do PT. 
A senhora Moro é assessora jurídica de Flávio José Arns, vice-governador do Paraná, Beto Richa, do PSDB. O elo de Rosângela Moro com o PSDB é tão visível que ela acompanha todos os trabalhos de Eduardo Barbosa, de Minas Gerais, vice-líder do PSDB na Câmara dos Deputdos, chegando a seguí-lo na rede social. Diante disso, com toda a franqueza, leitor, você acredita piamente que nesta operação "Lava Jato" este juiz realmente é imparcial? Acredite quem quiser. Por falar nisso, quando se abrirá a caixa preta do Judiciário? 

AUXÍLIO-MORADIA AOS JUÍZES - É um absurdo a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo é oferecer um auxílio-moradia aos juízes no valor aproximado de R$ 4,7 mil mensais. Os funcionários do Fórum de Assis realizaram na semana passada uma assembleia protestando contra esta medida. E com toda a razão. Não há argumento que justifique este auxílio-moradia. Afinal, um juiz de primeira instância hoje tem um salário mensal em torno de R$ 24 mil, o que dá tranquilamente para ter um ótimo padrão de vida. Entretanto, para que não "passem necessidade", ganharam um auxílio-moradia. E o que é mais estranho é que o assunto passou ao largo da imprensa que fez ouvidos moucos para um problema tão sério. É estranho, tudo o que envolve o Judiciário existe todo um melindre da imprensa em tratar do assunto. Mas isso é um dos maiores absurdos que aconteceram nos últimos tempos e um escárnio para a população de uma forma geral. E o pior: a população fica silenciosa com isso. 


quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

A gestão do PSDB na educação paulista

Para quem tem dúvidas de como é a gestão do governador Geraldo Alckmin, do PSDB, na educação do Estado de São Paulo, é só verificar a matéria publicada na edição do dia 2 de dezembro do jornal "Folha de S. Paulo", no caderno Cotidiano, sob o título "Gestão Alckmin corta verba de escolas". 
De acordo com a matéria, o governo Geraldo Alckmin cortou neste fim de ano as verbas que as escolas estaduais paulistas usam para comprar materiais de escritório e de limpeza e para pequenas obras. Prossegue a matéria dizendo que os recursos para as aquisições mensais de insumos foram suspensos no início de novembro e estão previstos para voltar em janeiro. Funcionários das escolas dizem que já há falta de materiais, com papel higiênico. O ano letivo na rede acaba na metade do mês de dezembro. E isso não pára por aí. Todos os projetos desenvolvidos pelas escolas foram cortados pela Secretaria de Estado da Educação. Isso vai prejudicar milhares de alunos em todas as escolas do Estado de São Paulo. 
Tudo indica que se trata de uma medida de economia. É lamentável que um governo aja dessa forma. Afinal, cortar investimentos em educação é condenar um Estado a ter uma escola de péssima qualidade. É importante ressaltar que as escolas paulistas já são extremamente problemáticas com relação ao projeto tucano da educação oferecida. São escolas que não oferecem atrativos aos estudantes, e isso provoca desinteresse por parte dos alunos. O resultado disso é o aumento cada vez da evasão escolar. 
Além disso, o governo tucano implantou a chamada Progressão Continuada que é um verdadeiro desastre. E os alunos sabem que estudando - ou não - serão promovidos a cada final de ano letivo. Isso provoca um desinteresse muito grande dos alunos em relação ao conteúdo transmitido em classe de aula. Os alunos são desinteressados e a indisciplina prepondera. 
Quem sofre as consequências desse caos na educação paulista são os professores. Profissionais mal remunerados, os professores sofrem com este quadro caótico e muitos deles acabam entrando em depressão ou mesmo se vêm obrigados a se afastar para tratar de problemas de saúde. Este é o governo que corta materiais básicos para uma escola funcionar. Na verdade, o que está por trás disso é a privatização do ensino no Estado de São Paulo. É um projeto de governo dos tucanos. Isso se reflete através dos anos com os pais procurando matricular seus filhos em escolas particulares por desacreditarem na educação oferecida pelo governo do Estado de São Paulo. 
O que nos remete a  uma pergunta: por que os paulistas votam constantemente em candidatos a governadores de um partido que destrói um tesouro que é a educação? Não dá para entender. 

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

O "erro material" do delegado aecista da PF


Algo absurdo ocorreu por ocasião das prisões dos empreiteiros na Operação Lava-Jato. José Carlos Cosenza, atual diretor de Abastecimento da Petrobrás, que substituiu o larápio Paulo Roberto Costa, acusado de fazer negócios com Alberto Youssef e as empreiteiras, simplesmente foi vítima de "um erro material" conforme admitiu a Polícia Federal, através de nota assinada pelo delegado Márcio Adriano Anselsmo. 
Aos leitores, gostaria de lembrar que o delegado Anselmo é aquele que, no Facebook, chamava de "anta" o ex-presidente Lula. 
É muito curioso - e coloca curioso nisso - que o quanto tenha sido criterioso este senhor tenha sido, que por "erro material", incluído nos interrogatórios onde Cosenza é objeto da mesma pergunta que se faz em relação ao ex-diretor Renato Duque e Nestor Cerveró. 
O "erro material" dos delegados serviu para Cosenza ser execrado até esta quinta-feira em manchetes de jornal e na televisão. Na quinta, aliás, a "Folha" o demitiu praticamente. De acordo com o  porta-voz do PSDB na grande imprensa (entre outros), "ministros ouvidos pela Folha afirmam que sua saída se tornou inevitável" após o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef o colocarem na lista de suspeitos de terem recebido "comissões". 
A pergunta que não quer calar. Colocaram? Não sabemos, por que os rapazes que cometem "erro material" não informam, embora tenham afirmado que ele foi citado quando não foi citado. 
É o espetáculo com a honra alheia. Até porque o mínimo que se pode esperar de um corrupto como Paulo Roberto Costa é que aja como o famoso bordão humorístico "sou, mas quem não é"? 
Mas o delegado aecista Anselmo, que cometeu este "pequeno erro material" de confirmar desonrar alguém só desmentiu isso - mesmo 24 horas depois - porque alguém, finalmente, lhe acertou os calos. 
Senão, Cosenza estaria até agora na sua lista dos ladrões, e olhe lá se não pode entrar de novo, caso a PF ache algum "erro material" em sua vida, como comprar um apartamento ou vender um automóvel, para confirmar o "sou, mas quem não é? de Paulo Roberto Costa? 
Afinal, é uma pessoa que movimenta, por força do cargo, bilhões em contratos e para dizer que está "levando algum" basta a irresponsabilidade do disse me disse. Ninguém pode, previamente, comprovar que este seja honesto, quando não se sabe do que se o acusa. E, principalmente, quando se acusa por "erro material", dizendo que disseram o que não disseram dele. 
Mas o efeito é terrível. Diga-me o leitor: no lugar do senhor Cosenza, agora, o caro amigo assinaria um contrato de compra de clips de papel? Cosenza talvez não tenha mais como trabalhar, o que não ocorre, porque ninguém o afasta, como o delegado Anselmo. Talvez fosse conveniente lembrar ao delegado das "antas" que a honra é um bem constitucionalmente protegido e quem, lança à lama o nome de alguém que deve pagar por isso. 
O correto seria que este delegado das "antas" fosse demitido para o bem do serviço público. Infelizmente, o delegado das "antas" continuará dando o seu espetáculo particular, sem que nada aconteça com ele. Lamentavelmente. 

sábado, 15 de novembro de 2014

O eleitorismo dos delegados da Polícia Federal

Durante o período eleitoral, delegados da Polícia Federal usaram as redes sociais para elogiar Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência, e para atacar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Roussef, que disputava a reeleição, bem como a repicar conteúdos críticos aos petistas. 
Esses policiais, que mostraram ser anti-petistas militantes e radicais, são simplesmente os responsáveis pela Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobrás, empreiteiras, doleiros, partidos políticos, funcionários e ex-funcionários da estatal. Pela primeira vez os rostos destes delegados estão sendo mostrados. Para isso, blogs estão publicando os rostos dos policiais e como tais delegados mudam de  nome dependendo da situação. 
Entretanto, a superoperação da Polícia Federal no caso Petrobras na manhã de sexta-feira parece feita sob medida. O estardalhaço tende a desviar as atenções das denúncias - frescas e de alta relevância - sobre o comportamento brutalmente partidário dos delegados encarregados das investigações. 
As informações sobre o anti-petismo estrondoso dos delegados da PF colocaram uma sombra copiosa de dúvida sobre a qualidade das apurações da PF. Ódio partidário influencia qualquer investigação. Inimigos são tratados como extremo rigor e amigos podem ser convenientemente engavetados caso alguma coisa comprometedora apareça. 
O caso do Helicoca é exemplar: como a PF conseguiu não apurar nada, com tantas evidências? Como a ligação com os Perrelas, os donos do helicóptero, foi tão rapidamente descartada? Aparentemente, a nova fase da operação Lava Jato assinala u ma guerra fria entre a PF e o PT. Há similitudes no comportamento da PF e da Mídia. Grandes organizações jornalísticas, quando alguém as aborrece, costumam promover uma retaliação imediata na qual não são poupados os feridos. 
A Globo é mestra nisso, mas está longe de ser um caso único. Num mundo menos imperfeito, as coisas não seriam assim. Mas, no Brasil 2014, são. A PF tem que ser reinventada. Tanto a PF como as polícias militares são, para ser a grandes expressão de Brizola, filhotes da ditadura. A mentalidade dominante ali é aquela segundo a qual a esquerda come criancinhas. É o tipo de pensamento com o qual a imprensa, a Globo de Roberto Marinho à frente, intoxicou mentalmente os brasileiros na época dos militares. As polícias brasileiras são dominadas por uma cultura, ou falta de cultura, de extrema direita. É esta cultura que tem quer ser enfrentada com disciplina, método - e rapidez. 


domingo, 9 de novembro de 2014

A farsa do Mensalão

Gostaríamos de recomendar a leitura de um texto publicado pelo advogado Pedro Maciel intitulado "Que interesses levaram Barbosa a fraudar a AP-470?", também conhecida como o "Mensalão". 
O artigo analisa a decisão da justiça italiana de engar extradição ao ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato. Em seu texto, Maciel lembra que o ex-ministro presidente do Supremo e relator da AP-470, Joaquim Barbosa, omitiu todas as informações constantes do inquérito 2474, que inocentava Pizzolato e desmontava a falsa lógica criada em cima do processo. 
"Esse inquérito policial (2474) traria elementos que permitiriam à Justiça, aos réus e à sociedade, entender o contexto das denúncias, num quadro maior. E trazia documentos, reitero, que inocentavam Pizzolato, como o Laudo 2828, feito pela Polícia Federal, a pedido do próprio Joaquim Barbosa e da Procuradoria, e que atestava categoricamente a inocência de Pizzolato e Gushiken", afirma Maciel em seu artigo. 
O advogado recorda, ainda, que os réus da AP-480 - entre os quais o ex-ministro José Dirceu - foram privados do direito ao duplo grau de jurisdição e tiveram o processo e o julgamento direto no Supremo Tribunal Federal (STF), sem direito a outras instâncias. Nem aqueles que não teriam ao chamado foro privilegiado - caso de Dirceu que já era parlamentar ou ministro. Era o mesmo caso de Pizzolato. "Pizzolato não tinha mandato político e, portanto, deveria ser julgado em primeira instância, e não num STF transformado em tribunal midiático de exceção", diz Maciel. 
Maciel constata, assim, que a farsa do julgamento da AP-470 não resiste a um Judiciário - como o italiano - que não está sujeito a pressão da grande mídia, ou, como alguns preferem chamar, do Partido da Imprensa Golpista.
Diante disso, sugiro que leitam o artigo completo do advogado em Quais interesses levaram Barbosa a fraudar a AP 470?

domingo, 2 de novembro de 2014

Meios de comunicação no Brasil agem como fascistas





O deputado pernambucano Fernando Ferro (PT) criou a expressão que se popularizou em todo o Brasil. Ele denominou a grande imprensa brasileira - e as médias e menores - como de Partido da Imprensa Golpista (PIG). Quando presidiu a Associação Nacional dos Jornais (ANJ), Judith Brito, afirmou que a grande imprensa representava, na verdade, "a oposição" no Brasil, já que os chamados "partidos de oposição" (PSDB, DEM, PPS) não tinham representatividade para tal. Tal fato se traduz naquilo que foi denominado de "Manchetômetro" por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) quando analisaram as manchetes dos principais jornais e televisões do país desde janeiro até as eleições de 26 de outubro. De acordo com esta pesquisa, 80% das manchetes eram contrárias ao PT e a Dilma, enquanto os outros 20% falavam de Aécio e Marina. Algo absurdo em um pais democrático. 
Essas eleições entram para a História do Brasil como o o momento mais nítido em que as corporações de mídia tentaram impor sua vontade ao povo. Mias do que em 1989, com a famosa edição do debate entre Lula e Collor. Mais do que em 2006, quando o foco do debate foi deslocado para pilhas de dinheiro fotografado por um agente da Polícia Federal na época. 
Em 2014 apostaram todas as fichas e, a contrário de outras vezes, não o fizeram veladamente. Assumiram seu papel de partido político de oposição, conforme conclamou Judith Brito, diretora-superintendente do Grupo Folha, ex-presidente da ANJ e colaboradora do Instituto Millenium. 
Faltando 11 dias para o segundo turno do pleito, os institutos de pesquisa davam empate técnico entre os dois candidatos - Aécio Neves à frente dois pontos, dentro da margem de erro. 
Como resposta, a militância de esquerda foi às ruas, os movimentos sociais organizados reforçaram sua participação na campanha e a candidata à reeleição partiu para o enfrentamento nos debates. O mote era um só: comparar os governos tucanos e petistas, o que garantiu vantagem a Lula e Dilma em praticamente  todos os setores. Se o oponente baixava o nível, a resposta vinha à altura.  
Nos oito dias seguintes, Datafolha e Ibope registraram crescimento de Dilma. Dilma encerrou a campanha com vantagem de 6 a 8 pontos de vantagem, cenário praticamente impossível de ser invertido em 48 horas. 
Aí surgiu a capa da revista Veja (também conhecida como o detrito a maré baixo da marginal do Pinheiros) na sexta-feira, antevéspera do pleito, acusando, sem provas, Lula e Dilma de terem conhecimento de desvios na Petrobrás. De sexta até domingo a Veja atingiria algo entre 500 mil e 1 milhão de pessoas. A maioria dos quais, no entanto, já tinham o voto decidido para Aécio. A capa da veja (com v minúsculo mesmo), por si só, merecia o repúdio na medida em que foi dado pela campanha do PT. A própria presidente Dilma usou parte do tempo de propaganda eleitoral para denunciar a manobra da revista. 
No entanto, foi o Jornal Nacional do sábado, véspera da eleição, o grande responsável pela interferência na vontade popular. No primeiro bloco, Dilma recebeu cinco minutos, com destaque no suposto medo de avião e nos problemas com a voz. Enquanto Aécio teve direito a 5'55'' a apresentá-lo como alguém incansável, que trabalha durante o voo e aparece com a esposa e os filhos no colo ("um cara família"). Em outro trecho, as imagens saltadas em repetição durante comícios, com a bandeira do Brasil nas costas, revelam, como num filme de ação, um homem destemido que estaria preparado para conduzir o destino da Nação.
Logo no início do segundo bloco, o JN exibiu extensa reportagem sobre a capa da veja. Aí, o que era de conhecimento de até 1 milhão de pessoas que já votariam em Aécio, alcançou 30-40 milhões de pessoas, entre as quais um sem número de indecisos. Isto na véspera do pleito, sem que houvesse tempo para se organizar a estratégia de enfrentamento desse verdadeiro crime midiático. Como resultado, a vantagem de 6-8 pontos de Dilma, caiu drasticamente, e quando  terminou a apuração as urnas sacramentaram 51,5% x 48,5%. 
O povo derrotou o golpe midiático e deu a vitória a Dilma. Agora o povo quer a democratização dos meios de comunicação, tarefa prioritária para o próximo governo. Até porque duvido muito que as forças progressistas vençam em 2018 se continuarem pedendo a batalha da comunicação porque os barões midiáticos robotizam a população de acordo com os interesses econômicos que representam. 

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

A Iugoslávia é aqui

Quem assiste ao filme "Na Terra do Amor e do Ódio", dirigido magnificamente pela atriz norte-americana Angelina Jolie, retratando o conflito na antiga Iugoslávia nos anos 1990, tem uma imagem de como o ódio destruiu uma das mais belas nações do leste europeu. A Iugoslávia era conhecida como a "Suiça do Leste Europeu" e oferecia aos seus habitantes uma qualidade de vida das melhores. 
Um pouco antes do conflito, sérvios, muçulmanos e croatas conviviam harmoniosamente. Após o conflito, houve um massacre e o saldo foram 300 mil mortos, 50 mil estupros e várias lideranças enviadas ao Tribunal de Haia sendo condenadas por crimes de guerra. Houve um verdadeiro massacre dos muçulmanos. A Iugoslávia foi dividida em seis países e não existe mais. O ódio destruiu uma nação. Vários outros filmes retratam o absurdo do que aconteceu na antiga Iugoslávia, como "Terra de Ninguém", "O Resgate de Harrison", "Soldados - A História de Kosovo", "Benvindo a Sarajevo", e assim por diante. 
Esta introdução tem por objetivo mostrar que o Brasil foi contaminado pelo ódio e ninguém sabe onde isso vai parar. A história é dinâmica. Assim como na Iugoslávia, onde pouco tempo antes as pessoas conviviam harmoniosamente, de repente tudo virou das pernas aos ares e o país foi sacudido por onda de ódio tão grande que foi marcado por uma guerra civil que durou 10 anos com milhares de mortos e vítimas. Foi o maior conflito militar na Europa após as duas grandes guerras mundiais. 
A direita raivosa instiga o ódio no Brasil. Inicialmente, há um desprezo secular pelos nordestinos. Nestas eleições está sendo possível observar isso. O nordestino é tratado como pessoas ínfimas. Assim como acontece com as minorias, como são os casos dos homossexuais, e assim por diante. Pastores fundamentalistas urram seu ódio contra essas pessoas, tendo como destaque Malafaias e Everaldos. 
Negros, gays, judeus e nordestinos são as principais vítimas dos crimes de ódio que crescem no Brasil, sob as vistas grossas das autoridades e da sociedade civil, que muitas vezes tende a encarar manifestações de preconceito como liberdade de expressão ou atos de desequilibrados. No entanto, com a multiplicação do acesso à internet, a difusão de manifestações contra esses grupos ganharam terreno fértil. Desde 2002, a antropóloga Adriana Dias, professora da Universidade de Campinas (Unicamp), estuda a atuação dos grupos neonazistas no Brasil, que perseguem suas vítimas na web, principalmente nas redes sociais. 
No Brasil, apesar de séculos de escravidão de povos vindos da África, e a consequente discriminação velada destes mesmos que ainda hoje ocorre, não houve experiência semelhante àquela vivida em outras regiões do globo, onde um grupo resolve se voltar contra outro no sentido de deslocar ou mesmo exterminá-lo. Isso não significa que o país não careça de uma legislação que busque suprimir o discurso de ódio (que envolve em seu conteúdo o racismo, como o que sofre o negro no Brasil). De fato, não há ainda no Brasil legislação específica em relação ao discurso de ódio. 
Nestas eleições, o ódio se propagou de tal forma que entendo ser um processo irreversível e incontrolável. Os demônios foram soltos, e em História quando isso acontece, é o "olho da serpente". Francamente, temo muito tal fato. Na antiga Iugoslávia foi assim. Hoje temos um Brasil dividido. Muitas pessoas estão deixando de conversar com outras justamente porque têm esta ou aquela opção política. A situação pode ganhar contornos extremamente perigosos. Na Internet, por exemplo, várias pessoas sem qualquer tipo de conhecimento e claramente influenciados pelos grandes meios de comunicação, destilam diariamente situações de ódio. A Alemanha foi contaminada pelo ódio; a Iugoslávia também; e todos pudemos ver onde isso terminou. O Brasil, definitivamente, também convive com esta mácula. 

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Que o povo brasileiro tenha discernimento

Após as apurações dos votos das eleições em primeiro turno para presidente da República, a direita, aliada aos setores mais retrógrados da sociedade brasileira, e principalmente aos baronatos da mídia, iniciaram uma forte campanha contra a presidenta Dilma Rousseff.  É uma campanha orquestrada que junta o que mais existe de reacionário no Brasil. 
A campanha, que tem por objetivo único levar o "queridinho" da mídia ao Palácio do Planalto, é insidiosa, perversa e tem o tom discriminatório. Principalmente contra os nordestinos a quem o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que "não sabem votar". Simplesmente porque não sufragou o nome de Aécio Neves nas urnas. 
O Brasil está em uma encruzilhada e tem que escolher entre dois projetos. Um deles é o da presidente Dilma Rousseff que tem forte conotação social e salvaguarda os direitos do povo brasileiro. Outro é um projeto entreguista que vai trazer muito sofrimento ao povo, principalmente o mais pobre, além de entregar as riquezas nacionais para setores financeiros estrangeiros. E para o grande capital - tanto brasileiro quanto internacional. 
A população vem sendo bombardeada diariamente por notícias contrárias à candidatura de Dilma Rousseff e ao Partido dos Trabalhadores (PT). Em todas as eleições, é a mesma conversa. Sempre arrumam algo para prejudicar o PT. Com a clara colaboração da Polícia Federal e de setores do Judiciário que vazam notícias com o claro objetivo eleitoreiro. 
Marina Silva jogou o seu capital político no lixo ao apoiar a candidatura de Aécio Neves com algumas exigências para que o candidato respeite caso seja eleito. É claro que não vai respeitar, já que são pautas que a direita defende, principalmente a redução da maioridade penal. Marina Silva encerra o projeto de traição que determinadas figuras brasileiras se submeteram. 
Diante deste quadro, não resta alternativa a não ser que o povo brasileiro tenha o discernimento necessário e se inspire para votar corretamente. Pense neste projeto antinacional que está em curso com o que existe de mais reacionário nesta direita raivosa. Teremos um Congresso Nacional ultraconservador que vai colocar na agenda pautas contrárias aos interesses da população. A principal delas - e a mais importante - é a flexibilização da CLT, como desejam os empresários há tanto tempo. 
Diante disso, é pedir inspiração divina para que o povo brasileiro consiga votar conscientemente e tenha o discernimento necessário na escolha destes dois projetos. Se a opção for do projeto desta direita raivosa, o preço a ser pago será muito elevado. 

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

A direita dissemina o ódio

Durante essa Campanha Eleitoral de 2014, muitas pessoas me perguntam o por quê sobre todo esse ódio ao PT que vem sendo estimulado nos últimos anos. Temos que colocar todos os pingos nos is. A militãncia do PT não é de hoje que vem sofrendo agressões e violências não só na internet como nas ruas, culminando com a morte de um jovem de 21 anos, Hiago Augusto Jatobá de Camargo, em Curitiba, no Paraná, no primeiro turno das eleições. 
O PT criou políticas sociais que fizeram as pessoas ascender e melhorar, coisa que nunca tinha sido feito antes no país. O PT fez com que o povo saísse da situação de indigência que vivia e ganhasse alto-estima. Com isso provocou o ódio daqueles que sempre viveram de benesses do Estado às custas da pobreza do povo. Egoístas, corruptos, corruptores, todos que sempre espoliaram o país e que sempre odiaram os pobres. O ódio dessa gente estava enrustido e mascarado. A disputa do Estado brasileiro que não é mais só deles é que fez com que o ódio viesse à tona. 
Mas, além disso, há algo mais. A própria mídia corporativa vende o que muitos de nós pesquisamos e denunciamos daquilo que nos chega de profissionais de jornalismo do exterior como história da Carochinha, teoria conspiratória, como se eles fossem inocentes e injuriados e que nada fosse plausível ou possível naquilo que dizemos. A ação da direita neste processo eleitoral é latente. Existem documentos de um passado recente do Golpe Militar que mostram o quanto existem estratégias e estratagemas de comunicação e de cooptação das pessoas que são utilizadas para forçar uma opinião pública. 
A cooptação se dá de várias formas. Tanto pelo método capitalista, através de pagamentos em dinheiro a pessoas que se prestem a fazer tumultos e confusões, como também, através de lavagem cerebral para o qual até mesmo são usados métodos de pregação religiosa e manipulação midiática. Terrível e triste...
Um artigo de Mauro Carrara de outubro de 2010 nos ajuda a refletir sobre este momento atual. As estratégias da direita não mudaram de lá para cá. Continuam assustadoramente mais ameaçadoras. 
Até agora o desenvolvimento do país e as mudanças proporcionadas pelos governos progressistas do PT desde 2003 têm sido superiores ao jogo sujo e criminoso que tem sido feito. 
O PSDB montou em outubro de 2009 um eficiente sistema de disparar diariamente mais de 152 milhões de e-mails para brasileiros de todas as regiões. Esse sistema é preferencialmente utilizado para disseminar peças de calúnia e difamação contra Dilma Rousseff , Luiz Inácio Lula da Silva e qualquer figura pública que ouse tomar partido do projeto da esquerda no Brasil. Funcionando também nas redes sociais, essa é uma das principais frentes da "Revolução do Ódio" em curso no país. 
Até o primeiro turno da eleição presidencial, havia mais de 650 militantes, quase todos bem remunerados, para difundir material venenosa contra o governo federal. Neste segundo turno, essa super-tropa de terrorismo virtual, recrutada por Eduardo Graeff, conta com mais de 1.000 militantes. 
Esse, no entanto, é apenas um braço do movimento de golpismo midiático financiado por entidades ultra-conservadoras, sobretudo norte-americanas, empenhadas em desestabilizar movimentos de esquerda pelo mundo e assumir o controle das fontes de riqueza nos países emergentes. 
Há 15 anos, a Internet vem sendo utilizada como ferramenta de sabotagem por esses grupos. Dentre eles, destacam-se o poderoso National Endowment for Democracy (NED), a United States Agency for International Development (Usaid) e inúmeras entidades parcerias, como a Fundação Soros. .
Grupos ligados ao NED, por exemplo, tiveram comprovada atuação nos episódios políticos que desestabilizaram a coalizaão de centro-esquerda na Itália, em 2007 e 2008. Acabaram derrubando o primeiro-ministro Romano Produ e, em seguida, reconduziram ao poder o magnata Sílvio Berlusconi. 
A ação envolveu treinamento de jornalistas, divulgação massiva de boatos na Internet, dirigidos sobretudo aos jovens e distribuição seletiva de caríssimos "estímulos" a senadores de centro. 
O roteiro se repetiu em vários outros movimentos, como a Revolução Laranja, na Ucrânia, em 2004, e a Revolução das Tulipas, no Quirguistão, no ano seguinte. Levantes dessa natureza ainda têm sido estimulados por esses grupos e seus agentes, que visitam os países, alvo em épocas de crise ou durante processos eleitorais. 
Mas o ódio deste espectro fascista da Direita não tem fim. Agora, inúmeras manifestações sociais pela Internet dão conta do preconceito contra o povo nordestino só porque em sua grande maioria votaram na presidenta Dilma Rousseff. Uma entidade médica defendeu mesmo a castração e até mesmo que houvesse a morte destas pessoas através de métodos nada convencionais. Lamentavelmente, as pessoas desinformadas não sabem o que está em jogo nestas eleições. Só vão saber depois...

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

São Paulo, capitania hereditária do PSDB


Realmente, São Paulo se transformou em uma capitania hereditária do PSDB. É um pedaço de terra que passa de um para outro, a exemplo do que aconteceu com o Brasil quando os portugueses chegaram aqui. Ninguém mexia. Era quase eterno. O fato do PSDB estar há mais de duas décadas no poder no Estado de São Paulo tem duas explicações que estudiosos do assunto já cansaram de explicar: o conservadorismo do povo paulista, que é despolitizado pela grande mídia sobre o que acontece aqui, e também pelo fato desta mesma grande mídia simplesmente esconder as falcatruas dos tucanos. 
Diante disso, é possível dizer que o PSDB tem uma monarquia hereditária, mais semelhante a uma ditadura. É difícil explicar a pessoa comum como um governador obtém seu quarto mandato em meio a racionamento de água, denúncias de corrupção e problemas sérios na gestão pública, como a perda de qualidade do metrô paulistano, alvo de denúncias de formação de cartel e pagamento de propina a políticos do PSDB, conforme denúncia do Ministério Público - daqui e da Suiça. 
O que chega a estarrecer é que no passado, por esta mesma época, milhares de jovens saíram às ruas de São Paulo pedindo mais saúde e educação. Se você pede mais saúde e mais educação, considera que são direitos sociais e que têm de ser garantidos pelo Estado. E aí você reelege Alckmin. O que se tenta entender como é possível você reivindicar aquilo que é negado por quem você reelege. 
O PSDB trata políticas públicas não como direitos, mas como um produto que a população deve ter recursos financeiros para adquirir. Nesse sentido, há também u ma parcela da sociedade paulista que enxerga os avanços que teve ao longo de 12 anos de governo federal do PT não como uma melhoria do papel do Estado, mas como um mérito individual. Não há nenhuma articulação entre a mudança de trabalhador manual para trabalhador de serviços e as mudanças sociais no país. É visto como uma ideologia de classe média, que é a do esforço individual. 
Entretanto, há outro componente. É cedo ainda para avaliar a relação entre o saldo final das manifestações de junho e o alto número de abstenções e de votos brancos e nulos - 19,39% se abstiveram, 3,84% votaram em branco e 5,80% em nulo. O crescimento de Aécio Neves na reta final da corrida presidencial e diminuição da representação dos trabalhadores no Congresso, tem um claro reflexo do trabalho feito pela mídia tradicional pela despolitização da sociedade. 
É importante ressaltar que mais têm acontecido no país é um processo realizado pela grande mídia , tanto impressa como falada como televisa, e sobretudo nos últimos quatro anos, de esvaziamento sistemático de toda e qualquer discussão política. Você tem a operação da comunicação por slogan e algumas imagens. Eu diria que os partidos políticos são responsáveis também pela ausência de um grande debate político. Ou porque não têm o que propor, ou porque não querem entrar neste debate.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A ditadura do PSDB em São Paulo

De acordo com as últimas pesquisas eleitorais, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) poderá ser reeleito já no primeiro turno. De acordo com os institutos de pesquisas - Ibope e Datafolha - Alckmin teria hoje 51% dos votos. Mesmo desconfiando do resultado - já que o instituto do Grupo Folha é famoso por suas lucrativas ligações com o PSDB -, ele evidencia o grau de desinformação da sociedade. O eleitorado paulista, sempre tratado como conservador, parece desconhecer o desastre tucano no Estado. Pode reeleger o "picolé de chuchu" e, logo na sequência, ficar sem água nas suas residências. 
Com a criminosa cumplicidade da mídia, Geraldo Alckmin evita tratar deste tema tão delicado. O racionamento da água proveniente do Sistema Cantareira - que abastece 8,8 milhões de pessoas - já é realidade em vários bairros da capital e cidades da região metropolitana de São Paulo e já prejudica centenas de indústrias, que inclusive demitiram mais de três mil operários em decorrência da queda na produção. No setor comercial, restaurantes já paralisaram suas atividades em função de problemas de higiene. Até em bairros nobres, como na boêmia Vila Madalena, bares e restaurantes têm fechado seus estabelecimentos mais cedo. Proprietários de lava-jatos também relatam a falência dos seus negócios. 
Na verdade, se trata de uma gestão irresponsável e criminosa. O quadro é grave e piora a cada dia. Nem as chuvas da última semana conseguiram conter a tragédia no Sistema Cantareira, que já utiliza o seu "volume morto" - reserva técnica - há dois meses. Segundo a própria Sabesp, as fortes chuvas de sexta-feira, 26, apenas mantiveram estável o nível dos reservatórios. O sistema continua com apenas 7,2¨% da sua capacidade, o seu menor índice histórico para o mesmo período. Segundo especialistas, para melhorar o nível do reservatório, a chuva precisaria ser mais intensa e durar, no mínimo, um mês. Diante deste quadro, eles preveem que o Sistema Cantareira deve zerar totalmente nos próximos cinquenta dias. Ou seja, depois da eleição! 
Para a Agência Nacional das Águas (ANA), órgão do governo federal, as medidas adotadas pelo governo paulista terão efeitos destrutivos no futuro próximo. O certo, afirma, seria iniciar de imediato um plano de contingência de água. Mas o governador Geraldo Alckmin não aceita esta hipótese, temendo os efeitos eleitorais.  
O estelionato eleitoral dos tucanos é visível. Em São Paulo, nos bairros mais atingidos das periferias, a população já armazena água para as necessidades mais vitais. Indústrias também têm feito planos de emergência. O tucano Geraldo Alckmin segue com seu estilo de "picolé de chuchu", como se a culpa da desgraceira fosse exclusivamente de São Pedro - aquele maldito esquerdista que controla a gerência de recursos hídricos do Céu. Já os paulistas votam na continuidade desta desgraça. Bem feito!

RICARDO MADALENA, O MAL AGRADECIDO - O candidato a deputado estadual do PR, Ricardo Madalena, que faz uma campanha milionária nesta região, é realmente um mal-agradecido, assim como o seu companheiro de chapa, Milton Monti, também do PR. Madalena foi diretor do DNIT no Estado de São Paulo indicado pelo PMDB ao governo federal. Ele usufruiu das benesses do cargo durante todo este tempo. Entretanto, tanto ele quanto Monti escondem a presidenta Dilma Rousseff em suas propagandas eleitorais. Vai ser mal agradecido lá longe. Só para refrescar, o pai de Ricardo Madalena - Mário Madalena - foi prefeito de Ipaussu e deixou a Prefeitura com vários processos acusado de irregularidade.  



quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Privatiza o dízimo, pastor Everaldo

O pastor Everaldo, candidato do PSC à Presidência da República, vem se destacando por ataques constantes ao atual governo, mas, principalmente porque defende em seu programa de governo a privatização de tudo. Ele diz que caso venha vencer, privatizará inclusive a Petrobrás. O pastor não tem noção da importância de uma empresa como a Petrobrás em um mundo globalizado. Na verdade, o mundo do pastor Everaldo não chega a um palmo do seu nariz. 
Apesar de sua sanha privatizante, ele não toca em um assunto importante. Ele só não quer privatizar o dízimo que "igrejas" como a dele recebem do Estado via subvenções e renúncias fiscais de toda sorte. É um absurdo o que vem acontecendo no Brasil atualmente onde espertalhões utilizam de igrejas e da boa vontade da população (ou do seu desespero) para ganhar verdadeiras fortunas. Vide o que acontece com os Malafaias, Macedos e Valdemiros da vida. Ficam ricos justamente porque esfolam o povo utilizando o dízimo como pretexto. 
É importante ressaltar que neste ano, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), há 270 pastores candidatos. Everaldo Dias Pereira, que é do PSC do Espírito Santo, pastor assembleiano, conta com apoio de outros políticos evangélicos, como os pastores Marco Feliciano (PSC-SP), que concorre à reeleição como deputado federal e Magno Malta, senador pelo PR e conterrâneo de Everaldo. Outro líder evangélico que apóia Everaldo é Silas Malafaia. Por falar neste "líder evangélico", recentemente o pastor presbiteriano Caio Fábio afirmou que se o Brasil fosse um país sério, Silas Malafaia já "estaria na cadeia" porque se trata de um "estelionatário e mentiroso". 
Estes fundamentalistas religiosos é um perigo para o Brasil. Fazem uma verdadeira cruzada contra as minorias, criminalizando-as. A atitude destes imbecis tem redundado em muita violência, principalmente em relação aos homossexuais. Tais fundamentalistas vão ganhando corpo no Brasil e entendo que é um terreno muito perigoso. Penso que se trata do ovo da serpente que está sendo chocado que poderá lançar o Brasil em um futuro não tão distante assim em um terreno extremamente perigoso. 
Um exemplo disso é que duas cidades baianas, por influência destes fundamentalistas, estão impondo uma "lei cristã" à população. É como se, para a administração municipal, a interpretação da Bíblia de seus legisladores, estivesse acima da Constituição, que determina o Estado laico. Nesse sentido, a proibição é comparável a uma determinação da sharia (lei islâmica). 
O que conforta é que este pastor que se arvora no direito de ser candidato a presidente não passa de 1% das intenções de votos, mesmo com a ajuda de Malafaias e outras coisas mais. Mas o que preocupa é que uma candidata pentecostalista, que conta com os mesmos apoios, no caso, Marina Silva, pode levar esta curriola toda para o governo caso venha a vencer trazendo as trevas para o Brasil. 

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Bragato, Camarinha e outros paraquedistas

Quem andar pela cidade vai observar o quanto temos de candidatos de outras regiões do Estado de São Paulo fazendo propaganda política na cidade. São os chamados candidatos paraquedistas. Aqueles que a cada quatro anos vêm à cidade, fazem um esquema com determinadas pessoas e estas fazem suas campanhas. Logo depois da eleição, caso sejam eleitos, esquecem a cidade e nunca mais voltam. Só retornam após quatro anos. É aquilo que vem acontecendo em Assis. 
Quem percorrer as ruas da cidade fica impressionado com o número de candidatos paraquedistas. Nomes que você nunca ouviu falar. Tem um candidato de Osasco que está sendo apoiado por um ex-candidato a vereador que teve sua candidatura cassada pela Justiça Eleitoral nas eleições municipais passadas. Há os Camarinhas e Bragatos da vida que levam um elevado número de votos da cidade, e depois ficam oferecendo migalhas para Assis. 
Sinceramente, você acredita que realmente o Bragato e o Camarinha - só para citar como exemplos - vão deixar de levar benefícios para suas cidades, caso sejam eleitos (e provavelmente serão) para trazerem alguma coisa para Assis?. Acreditar nesta hipótese é acreditar em Papai Noel. O Camarinha, por exemplo, vai trabalhar exaustivamente para trazer o maior número de benefícios para o seu filho que é prefeito de Marília, e com certeza, tentará a reeleição nas próximas eleições municipais. Você imagina que ele vai deixar de trazer uma grande obra para Assis em detrimento de Marília? É claro que não. Quanto ao Bragato, a mesma situação. Ele jamais vai deixar de levar obras para Presidente Prudente em benefício de Assis. 
Além disso, igrejas evangélicas fecham com candidatos de suas denominações e os fiéis, como gado, votam maciçamente nestas pessoas que nunca mais aparecem na cidade. Ninguém sabe de onde vieram. É o caso de um candidato que tem um nome pomposo, Paulo Freire. Este candidato vem sendo apoiado por diversas pessoas na cidade justamente por pertencer a uma denominação evangélica. E tem um Di Matteo, e não pára por aí. 
Diante disso, está na hora das pessoas se conscientizarem em votar em candidatos de Assis e região. Temos como candidatos a deputado estadual José Fernandes (PT) e João Merlim (PMDB). Para federal, Timba (DEM). É melhor votar nos candidatos da terra do que em paraquedistas. Temos as condições necessárias de eleger um deputado. A cidade e a região serão extremamente beneficiados com esta situação. Entretanto, é necessário que a comunidade regional se conscientize disso. Depois ficam reclamando de políticos que se esquecem de Assis. Desse jeito, seremos a eterna segunda pior região do Estado de São Paulo. 

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Votos para Bragato deverão ser anulados


A decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) de indeferir o registro da candidatura do deputado estadual de Presidente Prudente, Mauro Bragato (PSDB), candidato à reeleição, publicada no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira, 2, faz com que todos os votos dados ao mesmo sejam anulados. Ele até poderá continuar fazendo campanha, entretanto, os votos recebidos por Bragato não serão válidos. Diante disso, as pessoas que por ventura desejam votar no deputado de Presidente Prudente perderão os seus votos. 
A decisão do TRE-SP´cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em Brasília, porém, sem efeito suspensivo, de acordo com o artigo 257 do Código Eleitoral. Assim, na prática, Bragato está inelegível e não concorrerá no pleito eleitoral de outubro se a decisão não for modificada pelo TSE. 
O julgamento estava inicialmente previsto para 29 de agosto e foi prorrogado para 1º de setembro, mas somente nesta terça-feira, 2, é que foi proferido o Acórdão (decisão colegiada) por indeferimento da candidatura, relatado pelo juiz Luiz Guilherme da Costa Wagner. 
No caso de continuidade do indeferimento do registro, seu nome e fotografia constam na urna eletrônica, porém, os votos serão considerados nulos. Bragato é ponta de lança do PSDB nesta região do Estado de São Paulo que só é "beneficiada" por presídios, rodovias pedagiadas e outros "presentes" de grego. 

domingo, 31 de agosto de 2014

Silas Malafaia apregoa o ódio, e Marina aceita

Durante esta semana, a candidata do PSB (?) à presidência da República, Marina Silva, aceitou incluir no programa do partido (que de socialista não tem nada) a garantia dos direitos da comunidade GLTB, ou seja, respeitar os direitos dos homossexuais, inclusive a união estável entre eles, e até mesmo criar mecanismos para punir aqueles que venham ameaçá-los. Pois, bem, neste sábado, o pastor Silas Malafaia, através do seu twitter, ameaçou Marina Silva dizendo que se até terça-feira desta semana ela não tirasse tais fatos do programa do partido, iria bombardeá-la. 
No mesmo dia, Marina Silva soltou nota negando o que havia dito. O mesmo aconteceu recentemente quanto ao pré-sal. Inicialmente, ela afirmou que garantiria este direito ao povo brasileiro. Logo depois, voltou atrás. Há uma brincadeira dizendo que caso seja eleita, o Diário Oficial da União mudará de nome: passará a se chamar Errata Oficial. 
Mas, não é nada brincadeira. Marina Silva, na verdade, é uma mulher oca e sem propostas e o Brasil poderá mergulhar em um escuro caso esta mulher seja eleita presidente da República. Principalmente porque não tem programa partidário. Ao contrário, caso seja eleita, ela poderá deixar o PSB e mudar-se para o seu partido, o Rede. Tive a oportunidade de entrevistá-la nas eleições municipais de 2012 quando esteve no sítio de Márcio Santilli, após o recinto da FICAR. Na oportunidade, ela era contra a construção das usinas de Jirau e Santo Antônio alegando que isso iria prejudicar a cópula dos bagres. Entre a cópula dos bagres e energia para o desenvolvimento do Brasil, com o qual você ficaria? Este é o perigo do novo Collor que nos ameaça. 
Uma das principais ameaças, em meu raciocínio, é ela estar cercada de pastores fundamentalistas, como o tal Malafaia. Tais pessoas vão querer implantar um Estado teocrático no Brasil e isso é muito perigoso. O tal Malafaia destila ódio contra as minorias. É um ser repugnante. Se estivesse na época de Jesus Cristo, com certeza, apedrejaria Maria Madalena. Este tal Malafaia, com Edir Macedo, Missionário Valdemiro, é quem cercará Marina. O ódio será instigado a todo momento contra as minorias. Veja o que aconteceu na ex-Iugoslávia e no que aquilo acabou. Com 300 mil mortos, 50 mil mulheres estupradas e um retorno à barbárie. 
Além disso, ela se compromete com o grande capital internacional, assim como o nacional, para entregar as riquezas nacionais. O maior exemplo disso é o pré-sal. É isso que pode acontecer ao Brasil. 
Marina Silva, com seu trololó antipolítico, demagógico e vazio. Andei analisando seu twitter. É incrível a produção de clichês quase sem sentido.Mas o governo é o resultado de um conjunto de forças sociais e agora está claro que, nos próximos anos, a pressão por mudanças em nosso modelo de comunicação só tende a aumentar. A presidenta Dilma já antecipou que pretende lançar o debate, e defender, uma regulação econômica dos meios de comunicação. O que é o oposto à censura. É libertar a democracia brasileira das garras dos barões da mídia. Até agora, foi o único candidato que mencionou o assunto.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Faustão, o fanfarrão


Gostaria de fazer minhas as palavras do blogueiro Paulo Nogueira, do blog Diário do Centro do Mundo. Faustão é um fanfarrão. E como diz Paulo Nogueira, "com todo o respeito". No último domingo, ele fez a propaganda de uma das ações mais cínicas da Globo, o Criança Esperança, o triunfo do filantropismo farisaico e oportunista. 
Mais do que fazer coisas como o Criança Esperança, é a Globo simplesmente, pagar os impostos que sonega. Faustão promoveu o Criança Esperança com argumentos tão nocivos quanto o próprio programa. 
“Você que paga imposto e sabe onde esse dinheiro vai parar, aqui é diferente”, disse ele. “É tudo transparente.”  Ele estava afirmando que político é tudo ladrão, ou pelo menos os deste governo.
É uma pregação que faz um enorme mal ao Brasil. Gera descrédito no país e golpeia a auto-estima dos brasileiros.
Em sua falação desenfreada, Fausto Silva mostrou - ou fingiu - ignorar os bilionários pecados de sua empresa no capítulo do pagamento dos impostos devidos. Ou foi má fé cínica ou miopia córnea, para usar a célebre expressão de Eça.
O mais patético é que Fausto Silva, como um pastor evangélico, se dirige aos brasileiros mais simples e mais vulneráveis à manipulação que lhes tira dinheiro do bolso.
O Criança Esperança é uma beleza - para a Globo. Ela se faz de generosa, não paga cachê aos artistas que participam e ainda arrecada dinheiro com a publicidade que vende no programa. A beneficência é apenas dos telespectadores que doam seus parcos recursos.
O Brasil será um país melhor quando a Globo simplesmente pagar os impostos que deveria pagar.  O resto, a começar pelo Criança Esperança, é blablablá hipócrita. 
Para refrescar a memória dos leitores, a Globo é acusada de sonegar quase R$ 1 bilhão referente a impostos da Copa do Mundo de 1994 disputada nos Estados Unidos. Isso porque abriu uma empresa fantasma em um paraíso fiscal justamente para evitar pagar impostos ao governo brasileiro referente ao evento que transmitia com exclusividade. Logo depois, em algo extremamente suspeito, uma funcionária da Receita Federal sumiu com os processos. Que apareceu recentemente, só Deus sabe como. 
Esta é a hipocrisia da Globo. A hipocrisia de quem faz Criança Esperança, pedindo dinheiro da população para não dar o seu próprio dinheiro. A fanfarronice de Faustão. 

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O concurso da educação municipal


O Conselho Municipal da Educação enviou correspondência ao prefeito municipal de Assis, Ricardo Pinheiro (PSDB), solicitando do mesmo respostas em relação ao concurso promovido recentemente pela Secretaria Municipal da Educação que apresenta inúmeras irregularidades. Inclusive, vários participantes entendem que o concurso deveria ser anulado. Com certeza, o Ministério Público deveria se manifestar à esta aberração. O que é mais lamentável é que tal fato coloca em dúvida a seriedade deste concurso e ludibria as pessoas, que com a maior boa fé, participam de uma seleção acreditando que foi séria. E agora descobrem que pode não ter sido bem assim. 
O objetivo da manifestação do Conselho Municipal da Educação é trazer ao conhecimento do Executivo Municipal as questão que foram levantadas, fazendo com que seja possível a tomada das providências cabíveis, buscando redimir os prejuízos impetrados aos candidatos, uma vez que muitos deles declararam aos membros do órgão ocorrências que certamente causaram transtornos e influenciaram negativamente no desenvolvimento do certame, não somente aos reclamantes como também a todos os envolvidos no mesmo. 
O Poder Executivo tem o dever de adotar as medidas necessárias em relação a esta situação para que possa dirimir qualquer sentimento de prejuízo, insatisfação, dúvida ou consternação que é possível encontrar em grande parcela dos candidatos que realizaram as provas do concurso. Segundo o Conselho Municipal da Educação, não havia nas provas entregues aos candidatos nenhuma identificação de quem as havia formulado. Nos cadernos da prova era possível encontrar no cabeçalho o logotipo da Prefeitura Municipal de Assis e da Secretaria Municipal de Governo e Administração, entretanto, o certame foi organizado pela Fema, o que deveria ter constado nos materiais entregues aos candidatos. É importante lembrar que a vinculação do organizador e do órgão para o qual os candidatos concorrem é mecanismo comum no campo dos concursos públicos, quando organizados por fundações públicas e outros agentes que costumeiramente atuam na área.  
Muitas questões foram utilizadas para cargos diferentes, ficando, por exemplo, as provas para professor de Educação Básica I (Educação Infantil), professor de Ensino Fundamental e Diretor de Escola compostas de forma muito semelhante na parte de conhecimentos gerais, sendo que os cargos possuem grande diferenciação entre si, principalmente quando se analisa os de professor em relação ao de direção, o que demandaria uma cobrança de conteúdos diferentes, fato justificado pelas diferentes atribuições dos cargos. 
O Conselho também recebeu, mediante correspondência, um apontamento de que algumas questões presentes nas provas foram copiadas, integral ou parcialmente, de páginas da Internet e fizeram parte de outros concursos públicos, Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e de materiais utilizados em cursos preparatórios especializados nesta área. Há casos, inclusive, de a cópia ter sido realizada de forma incompleta, o que incorreu na impossibilidade da resolução da questão e sua posterior anulação. 
Tal fato provoca consternação, uma vez que não apenas representa um desrespeito às propriedades intelectuais, como também pode denotar um baixo comprometimento com a qualidade do serviço prestado, inclusive, por parte do revisor, que não se atentou para tal fato. 
É possível encontrar de antemão a inexistência do sinal de subtração entre as frações nas provas para Direção e Ensino Fundamental, o que inviabiliza a resolução da questão, porém, além disso, essa questão foi utilizada em um concurso para Técnico Judiciário, Especialidade Enfermagem, no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte, no ano de 2005, em certame organizado pela Fundação Carlos Chagas, cuja prova pode ser encontrada na Internet. 
Assim também outras questões apresentam os mesmos problemas, ou seja, foram copiadas de outros concursos públicos realizados por outras fundações nos mais diversos pontos do País. O que é lamentável é uma entidade como a Fema se prestar a este serviço. Tais pessoas que participaram deste absurdo deveriam ser desligadas do seu quadro de funcionários porque demonstram ser incompetentes para atuarem nestes cargos. 
Diante disso tudo, é necessário que o concurso seja adiado para não trazer prejuízos às pessoas que dele participaram. Não é possível ludibriar a boa fé das pessoas. É um desrespeito com pessoas que fizeram suas inscrições acreditando que iriam participar de um concurso sério, o que, na verdade, não foi. 




          


terça-feira, 5 de agosto de 2014

A questão do restaurante popular

Lamentável sob todos os aspectos a situação envolvendo a questão do restaurante popular em Assis. Desde 2012, o restaurante popular foi fechado em função de problemas burocráticos envolvendo a decisão do governo federal que decidiu ser necessário que os repasses de alimentos provenientes do PAA - Programa de Aquisição de Alimentos - acontecesse através dos conselhos municipais de assistência social. 
Diante disso, a Aprumar, mantenedora do programa, resolveu solicitar autorização do Conselho Municipal da Assistência Social para que o restaurante popular pudesse voltar a funcionar. Várias negativas foram feitas neste sentido. 
Desde sua implantação eram oferecidas aproximadamente 350 refeições por dia, a baixo custo, para população de baixa renda, sendo que os produtos hortifrutigranjeiros eram provenientes do P.A.A. - do Governo Federal, o que garantia uma refeição de alto poder nutricional.
Em decorrência de mudanças estabelecidas pelo GGPAA – Grupo Gestor P.A.A., em cumprimento à Resolução Nº 62/2103, a distribuição de alimentos hortifrutigranjeiros passou a ser gerenciada pelo Conselho Municipal de Assistência Social de Assis, quem deve agora autorizar a doação de tais produtos para que o Restaurante Popular volte a funcionar.
Depois de inúmeras conversas informais entre membros do Conselho Municipal de Assistência Social e da Amvica – Aprumar, esta encaminhou ao Conselho, em 17 de maio, oficio pedindo formalmente que sejam doados os alimentos necessários para garantir a volta do Restaurante Popular.
Segundo José Fernandes, presidente da Aprumar, idealizador do projeto, "a decisão do Conselho é quem vai garantir a volta do Restaurante Popular. É importante deixarmos claro que a doação desses produtos não compromete o fornecimento para as entidades assistências, que já recebem os produtos semanalmente, e não vai onerar em nenhum centavo os cofres públicos da municipalidade", diz em nota a Aprumar.
Para concluir, a Aprumar declara que "o fechamento do Restaurante Popular não ocorreu por vontade da entidade, mas sim em decorrência de mudanças do GGPAA. “Aliás, estamos trabalhando para sua volta, o que só não acontecerá se não for da vontade do Conselho Municipal", diz a Aprumar. 
Infelizmente, o que se nota é que existe uma má vontade muito grande por parte de alguns membros do Conselho Municipal da Assistência Social em autorizar o funcionamento do restaurante popular. O que lamentamos é que possa haver um componente político nessa história para não oferecer louros ao presidente da Aprumar, José Fernandes, ex-vereador e ex-candidato a prefeito de Assis pelo PT. 
Caso o Conselho Municipal da Assistência Social esteja sendo usado politicamente - e espero realmente que isso não aconteça - seria lamentável sob todos os aspectos. Afinal, o restaurante popular beneficiava um grande número de pessoas, principalmente aquelas de baixa renda. Afinal, as refeições estavam sendo oferecidas a um preço simbólico de R$ 2, com alto poder nutritivo. 
O Conselho Municipal da Assistência Social alega agora ser necessário que a Aprumar, mantenedora do projeto, protocole todos os documentos necessários para que seja autorizado o funcionamento do restaurante popular. Torcemos definitivamente que as pessoas que representam as entidades e o poder público de Assis tenham o bom senso necessário e autorizem o funcionamento do restaurante popular. 

terça-feira, 29 de julho de 2014

A imprensa que baixa a cabeça

Durante a visita do governador Geraldo Alckmin (PSDB) em Assis na semana passada, a imprensa local - e regional - ofereceu novamente um triste espetáculo, a exemplo do que acontece nacionalmente. A imprensa local serviu apenas ao "oba-oba" do governador que veio apenas para fazer campanha política e "vistoriar" obras que estão sendo construídas pelo governo do Estado, como o Poupatempo ou a futura sede da Terceira Idade. Na verdade, são obras que estão longe de estar acabadas e vão demorar algum tempo para ser inauguradas. Entretanto, o governador veio com uma grande comitiva apenas para fazer "política". 
Desde a imprensa local (e regional) colocar o governador na parede como faria qualquer bom jornalista, atuou como se fosse representante do press-release do Palácio dos Bandeirantes. Simplesmente faz aquelas perguntas óbvias e irritantes. É algo lamentável que lança ao descrédito cada vez mais a imprensa. Somente a repórter Dagmar Marciliano teve coragem de perguntar ao governador (que se irritou) sobre o Medex. Afinal, o governo do Estado está terceirizando esta central de medicamentos que funciona na sede do Hospital Regional e vai trazer grandes prejuízos para toda a comunidade regional. 
Do contrário, aquela ladainha de sempre. E o governador, com seus apaniguados políticos, deita e rola. Também quem manda ter uma imprensa subserviente como a de Assis. É correto dizer que não só a imprensa de Assis que é subserviente, mas a brasileira de uma forma geral, quando se trata do PSDB. A imprensa local poderia colocar na parede o governador questionando-o sobre os investimentos que são realizados na cidade pelo governo do Estado que é praticamente zero. Ou mesmo o fato do governo estadual lotar esta região de presídios que só trazem mais violência às pessoas que moram no Vale do Paranapanema. 
Ou então, a rodovia Raposo Tavares pedagiada onde os motoristas sofrem para pagar valores cada fez maiores, encarecendo, sobretudo, os produtos que chegam às mesas dos brasileiros. Uma rodovia duplicada e com obras de arte que teve melhorias com recursos públicos, e depois entregue praticamente de graça para uma concessionária que ganha rios de dinheiro, a exemplo do que acontece com outras concessões espalhadas pelo Estado de São Paulo. 
Ou mesmo, a violência que aumenta a cada mês no Estado de São Paulo, trazendo dores para inúmeras pessoas que sofrem as agruras de tal fenômeno. Os repórteres poderiam questionar o governador sobre este crescimento da violência que vem aumentando a cada ano, com o PCC atuando de forma absurda, nos presídios paulistas há muitos anos. Na verdade, o governo do Estado é refém deste estado imposto pelo PCC. 
Porém, os repórteres preferem o bom mocismo e não questionam o governador como deveriam fazer. Por isso, temos uma imprensa atrelada aos poderes públicos local e regional e fazem o serviço. Bem pago, por sinal. 


terça-feira, 22 de julho de 2014

O escândalo do "Aécioporto"

O jornal "Folha de S. Paulo" publicou no final da semana passada matéria denunciando que o governo do Estado de Minas Gerais, então sob o comando de Aécio Neves, construiu um aeroporto na fazendo do seu tio na cidade de Cláudio. A obra custou cerca de R$ 14 milhões. É algo absurdo porque se trata de uma cidade de apenas 28 mil habitantes, localizada próxima de Divinópolis, que possui um moderno aeroporto capaz de atender toda a demanda regional. Entretanto, a reportagem da "Folha" não foi a fundo sobre o que motivou Aécio a construir um aeroporto na fazenda do seu tio. Na verdade, se trata de um aeroporto inacabado, com uma enorme pista para pouso e decolagem. 
Nunca faltou denúncia contra Aécio Neves. Houve investigações no Ministério Público, na Justiça, mas nada nunca alcançou a grande mídia nacional, o que permitiu à mídia mineira esconder tudo. Nesse contexto, a manchete de primeira página da última edição dominical da "Folha de S. Paulo" contra Aécio Neves deve seguir o roteiro de outras oportunidades em que aquele jornal fez uma denúncia "fraca" contra um tucano para que denúncia "forte" contra petista ganhasse credibilidade. 
O caso mais revoltante dessa estratégia da "Folha" ocorreu no fim de 2009, a cerca de um mês do ano eleitoral em que Dilma Rousseff, com o apoio de Lula, derrotou o tucano José Serra. Míseros 12 dias separaram notícia fraca contra Fernando Henrique Cardoso  de um ataque virulento e imoral contra Lula. 
Após 18 anos do nascimento do filho do ex-presidente tucano com uma jornalista da Globo um grande órgão de imprensa publicou história que todos os que se interessam por política sabiam havia muito, graças à imprensa "alternativa". E, mesmo assim, porque FHC decidiu assumir publicamente o filho. 
Em 15 de novembro de 2009, a "Folha" publicou a matéria "FHC decide reconhecer oficialmente filho que teve há 18 anos com jornalista", assinada pela colunista Mônica Bérgamo. Apesar de não ser exatamente uma "denúncia", a notícia (velha) tinha um quê de negatividade para o ex-presidente tucano. Afinal, ele cometera traição à esposa, Ruth Cardoso, que falecera um ano antes. Mas graças às suas boas relações com a mídia, o tucano conseguiu manter o caso escondido por quase duas décadas.
O que mais impressiona nesse episódio é que entre o dia em que foi feita a "denúncia" contra FHC e o dia em que a "Folha" publicou um ataque asqueroso contra Lula, passaram-se míseros 12 dias. No dia 27 do mês mesmo de novembro de 2009, a "Folha" publicou "análise" de um sujeito chamado "César Benjamin" sob a rubrica "Especial para a Folha". Não se tratava de análise alguma, mas de um ataque criminoso. 
Agora, esta mesma "grande mídia" critica a ANAC que vai investigar esta denúncia pública de uso irregular de um aeroporto. Até o momento não há nenhuma relação ou evidência de que o caso do helicóptero apreendido com 600 quilos de cocaína e que era da família Perrela possa ter alguma conexão com a construção de um ou mais aeroportos em Minas de maneira pouco convencional. 
Aécio precisa acostumar-se à ideia de que este país é uma República, não uma fazenda. E se preparar para o que vem por aí. É inevitável o questionamento dos gastos milionários em um aeroporto que é somente uma pista de asfalto completo, com capacidade de receber Boeings 737 da aviação comercial. Embora não muitos, vão existir jornalistas que o indaguem sobre isso. 



terça-feira, 15 de julho de 2014

Assis precisa de um banho de loja

Quem caminha pelas ruas de Assis fica assustado com a situação da cidade. Assis está uma cidade suja e abandonada em todos os aspectos. Os bairros apresentam calçadas com matos e o pior são os lixos jogados nas ruas e em terrenos baldios. Este cenário é comum em todas as ruas e em todos os bairros. É algo dantesco e a Prefeitura tem a responsabilidade de cuidar dos bairros. Entretanto, não é isso o que acontece. Ao contrário, temos uma cidade suja que traz uma paisagem nada agradável aos visitantes que por aqui passam. 
Diante disso, a administração municipal deve assumir suas responsabilidades e cuidar melhor do aspecto visual da cidade. Nada mais agradável para qualquer visitante - ou mesmo habitante - do que observar uma cidade bem cuidada. Não cuidar bem de uma cidade é o mesmo que deixar sua casa suja e abandonada. Anteriormente, citamos alguns exemplos de iniciativas que poderiam ser adotadas em Assis. Porém, tais sugestões caem no esquecimento e somem ao sabor dos ventos. 
Citamos já por várias vezes o caso da cidade de Ponta Grossa, no Estado do Paraná, que promove a cada mês um dia de limpeza da cidade. Toda a população é envolvida e no dia escolhido, a cidade passa por um banho de loja. A cidade fica limpa e extremamente agradável para as pessoas que lá moram ou aquelas que a visitam. Se fosse feito um trabalho de marketing e divulgação junto a população, envolvendo escolas, clubes de serviços e outros órgãos públicos, temos certeza que o resultado seria o melhor possível. Basta ter vontade política e envolve os mais diferentes segmentos da administração pública municipal. 
Outra sugestão é aquela adotada pela cidade de Sorocaba. Aliás, é um exemplo de uma cidade administrada pelo PSDB, o mesmo partido do prefeito de Assis. A Prefeitura fez um convênio com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) e envolve os presos. Por este convênio, os presos lotados na penitenciária da cidade, principalmente aqueles de bom comportamento, são utilizados para a limpeza urbana da cidade. Eles capinam os matagais nas mais diferentes ruas dos bairros. 
Uma pessoa da SAP acompanha o trabalho dos detentos, e desde que esta iniciativa foi colocada em prática, desde então nunca aconteceu qualquer problema. Os presos trabalham normalmente, nunca houve uma tentativa de fuga e em horário de almoço, um veículo da penitenciária traz os marmitexes para que os presos possam se alimentar. Ao contrário, os presos preferem esta alternativa a ficarem trancafiados em celas. Eles recebem um salário que é repassado aos seus familiares. E a cada dia trabalhado, o preso é beneficiado com um dia de redução de sua pena. 
São iniciativas que poderiam ser adotadas na cidade, assim como várias outras que são colocadas em prática nos mais diferentes municípios brasileiros. Em recente reportagem publicada em um dos portais de notícias na Internet, diz que um prefeito ou município não necessita criar novas iniciativas, basta, apenas, copiar outras já adotadas nos mais diferentes municípios do Brasil. Mas, para isso, é necessário ter vontade política. Caso contrário, teremos que conviver com este cenário horroroso que Assis apresenta aos seus habitantes e visitantes. Ou seja, uma cidade suja, mal cuidada e com lixos jogados por toda a parte. 

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Frente contra Ricardo Pinheiro

Um fato político de extrema relevância foi registrado no último sábado, 4, em Assis. A visita do deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Cláudio Marcolino, foi acompanhada da filiação da professora Ângela Canassa e do seu grupo político que esteve presente com ela nas últimas eleições municipais ao PT e a visita do ex-prefeito Ézio Spera (PSD) que anunciou publicamente seu apoio às candidaturas da presidente Dilma Rousseff; de Alexandre Padilha, ao governo do Estado; e a de José Fernandes para deputado estadual. 
O vinda de Ângela Canassa e do seu grupo político, e o apoio de Ézio Spera, prenuncia uma frente política contra o atual prefeito Ricardo Pinheiro que poderá ter desdobramentos para as próximas eleições municipais. Isso porque, caso José Fernandes tenha uma votação expressiva nas eleições de outubro, automaticamente fica credenciado como um forte candidato à sucessão de Pinheiro. 
A partir daí, novas forças políticas se agregarão ao nome de Fernandes, o que trará um efeito cascata, trazendo prejuízos imensuráveis às pretensões do atual prefeito à reeleição. Além disso, a atual administração não vem sendo bem avaliada pela população que vem reclamando sistematicamente dos serviços prestados pelo governo municipal em todos os sentidos. A atual administração não vem conseguindo um grau de dinamismo que a população deseja. O descontentamento é geral, apesar do prefeito contar com o beneplácito de toda a mídia local. 
Outro fator preponderante é que o prefeito encontra enormes dificuldades na Câmara Municipal com uma oposição sistemática e críticas constantes ao seu governo, com destaque para o ex-tucano Eduardo de Camargo Neto e o vereador Gordinho da Farmácia. Além disso, os dois vereadores do PT - Reinaldo Nunes e José Luiz Garcia - também entraram na onda e as críticas aumentam de intensidade em todos os sentidos. Outros vereadores também fazem críticas constantes aos descaminhos da atual administração que não vem atendendo aos reclamos populares. 
Talvez, o maior trunfo do PT é, sem dúvida, a presença do ex-prefeito Ézio Spera na campanha eleitoral deste ano. Com todo o desgaste proveniente de dois governos seguidos, Ézio é extremamente popular, principalmente com o seu trabalho de médico. Ele consegue uma identificação muito grande com a população e isso redundará em significativo apoio para José Fernandes e ao PT de uma forma geral. Esta foi uma grande jogada que trará grandes dividendos políticos aos petistas. 

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Definidos os candidatos de Assis

Após as convenções dos partidos, finalmente ficou definido os candidatos a deputados que disputarão as eleições de outubro. José Fernandes, pelo PT; Fabiano Morelli, pelo PSC; João Merlim, PMDB; e Timba, DEM. É importante lembrar que os três primeiros candidatos estarão concorrendo a uma vaga à Assembleia Legislativa, enquanto Timba concorre para deputado federal. 
As possibilidades de algum dos candidatos ser eleito são pequenas. Talvez, aquele que reúne as maiores chances é o candidato do PT, José Fernandes. É possível que Fernandes ultrapasse a casa dos 20 mil votos, entretanto, para uma legenda forte como é o caso do PT, esta quantidade de votos não é suficiente para elegê-lo. 
Entretanto, pode haver surpresas e Fernandes obter uma votação elevada, o que fortaleceria ainda mais a sua candidatura a prefeito nas próximas eleições municipais. Afinal, Fernandes vem de uma campanha municipal recente e o seu nome ainda está no imaginário dos eleitores. Diante disso, tem boas chances de obter uma votação expressiva. 
Porém, o que é de se lamentar é que a região conta com um colégio eleitoral capaz de eleger um deputado estadual e até mesmo um federal. Entretanto, a maioria destes votos são direcionados para candidatos de regiões distantes pouco preocupados com os problemas existentes em Assis. Na verdade, estes candidatos querem simplesmente os votos da população regional e depois desaparecem. Ou mesmo, ficam ofertando migalhas para o município. 
Um candidato que já está atuando forte em Assis e região é o deputado de Presidente Prudente, Mauro Bragato, do PSDB. Este deputado recebe boas votações em Assis e região, entretanto, nunca oferece nada de importante ao município. Pelo contrário, o que é importante ele encaminha para Presidente Prudente. 
Diante disso, está mais do que na hora dos eleitores da cidade e região votarem em candidatos locais. Somente eles vão trabalhar efetivamente pela macrorregião de Assis. 

sexta-feira, 27 de junho de 2014

É muita cara de pau

A pior coisa que existe em uma democracia é quando alguém não reconhece o trabalho de uma outra pessoa em prol da comunidade. É o que ocorreu com o recente caso da inauguração do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), regional de Assis. Na inauguração, na Vila Maria Izabel, ocorrida recentemente, as lideranças do PSDB da cidade, entre elas, o prefeito Ricardo Pinheiro (PSDB), negaram o direito do vereador Reinaldo Nunes (PT) discursar e posteriormente, em suas falas, comentaram que se trata de uma conquista da atual administração. Entretanto, é importante lembrar que o governo estadual não investiu um só centavo para que o SAMU fosse instalado em Assis e região. 
E o que é pior: anunciou em outdoors na cidade, além de panfletos e outras peças publicitárias na imprensa local comentando a conquista do SAMU sem dar crédito ao governo federal, que, na verdade, trouxe esta conquista para Assis. É muita cara de pau. Em nenhuma das peças publicitárias, aparecem as marcas do Ministério da Saúde e do governo federal. Diante da situação, o diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) enviaram cópia e fotos deste material para o ministro da Saúde, Arthur Chioro. 
A grande virtude de um administrador público é reconhecer o feito do outro. Lamentavelmente, o atual prefeito e sua equipe não reconhecem isso. Chamam para si uma conquista que enfrentou sérias resistências para implantar. Neste aspecto, deveriam se espelhar no exemplo do ex-prefeito Ézio Spera (PSD) que sempre ressaltou o trabalho de outras forças políticas em prol do município. 
Me lembro, quando da inauguração da unidade de saúde no bairro Assis IV, atrás do Terminal Rodoviário, Ézio Spera convidou o também ex-prefeito Carlos Nóbile para que participasse da solenidade já que ele tinha construído o prédio. Educadamente, Carlos Nóbile recusou o convite lembrando que aquele momento era do então prefeito Ézio Spera. Entretanto, agradeceu muito a lembrança. 
Isso é que é política com P maiúsculo. Não o que vem fazendo os atuais ocupantes da administração pública municipal que agem de forma a não reconhecer os esforços de outras forças politicas que se empenharam e financiam a implantação do SAMU em Assis e região. 
O mesmo deverá contar com a UPA que também será inaugurada ainda neste ano. Todos sabemos que a UPA funciona com financiamento federal, porém, duvido que os atuais ocupantes da Prefeitura vão reconhecer isso. Ao contrário, vão fazer propaganda própria com chapéu alheio. E isso é muito feio. 

segunda-feira, 23 de junho de 2014

A hora de Assis e região votar em candidatos locais


O produtor rural José Fernandes e o médico endocrinologista Fabiano Morelli tiveram seus nomes oficializados nas convenções estaduais dos partidos realizados ainda neste mês como candidatos a deputado estadual. Fernandes, pelo Partido dos Trabalhadores (PT), e Morelli pelo Partido Social Cristão (PSC). Ainda há dúvidas com relação às candidaturas de Carlos Pinheiro (PDT) e Márcio Martins, o Márcio Veterinário, pelo PSD. Além dos candidatos a deputado estadual, outro nome que também será candidato - só que para federal - é o do Timba pelo DEM. Com isso, definitivamente João Antônio Binato, que foi candidato nas últimas eleições pelo PSC, desiste de sua candidatura. Em função de ser uma eleição difícil, João Antônio entendeu que seria melhor cuidar dos negócios da Rede Avenida de Supermercados a se arriscar em uma aventura. Afinal, não será nada fácil esta campanha eleitoral. 
Morelli entende que o PSC é uma legenda que exige uma votação não tão elevada assim, portanto, não necessita de muitos votos para eleger um deputado estadual, ao contrário de outros partidos que necessita de uma quantia relativamente superior. Na visão de Fabiano, a região de Assis vem perdendo mito com a não eleição de um deputado da terra. Ele entende que não será uma eleição fácil, porém, após conversar com a sua família, resolveu enfrentar a campanha eleitoral. Morelli conta que sua candidatura está consolidada em 40 municípios. Além disso, lembra que o PSC tem uma bancada de quatro vereadores que o ajudarão nesta empreitada. 
Já José Fernandes, do PT, pretende consolidar a excelente votação que obteve como candidato a prefeito de Assis nas últimas eleições municipais. Fernandes teve mais de 12 mil votos e por pouco não foi eleito. Caso obtenha uma boa votação para deputado nestas eleições, Fernandes se consolida definitivamente como sucessor à prefeitura de Assis ao atual prefeito, Ricardo Pinheiro (PSDB). Fernandes tem ampla penetração popular, e conta com um partido orgânico que consegue atrair amplos setores sociais. É previsível que conquiste uma boa votação nas eleições de outubro. Se alcançar uma votação superior a 20 mil votos, definitivamente Fernandes deverá trazer preocupações ao atual prefeito, já que se consolida como candidato natural à prefeitura de Assis. 
Em relação a Carlos Pinheiro, ainda há uma incógnita. Ele está em dúvida se sai ou não candidato a deputado estadual. Infelizmente, Pinheiro, que é um bom nome, não conta com apoio por parte do prefeito Ricardo Pinheiro que deveria apoiá-lo. Entretanto, o prefeito prefere apoiar a candidatura de Mauro Bragato (PSDB), de Presidente Prudente. Em relação a Márcio Veterinário, também há dúvidas, principalmente porque o ex-vereador procura resolver os últimos problemas com a Justiça Eleitoral que praticamente inviabilizaram sua candidatura a prefeito nas últimas eleições. Márcio era franco favorito e se não fosse a questão com a Justiça Eleitoral teria sido eleito facilmente prefeito de Assis. 
Mas, o que deve ser colocado em questão é que as comunidades de Assis e região devem votar nos candidatos locais. Não dá mais para ficar votando em candidatos de outras regiões distantes que somente aparecem em épocas de eleições e depois desaparecem. Sei que este é um discurso antigo, mas está na hora da população eleger um deputado. Temos número de votos o suficiente para que isso aconteça. A região tem capacidade para eleger um deputado estadual e um federal. Basta que a população vote em massa nos candidatos já anunciados. Caso contrário, ficaremos a mercê de candidatos de outras regiões e pedindo esmolas e recolhendo as migalhas do deputado de Presidente Prudente. 

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Os esqueletos de Aécio

O candidato a presidente da República pelo PSDB, Aécio Neves, tem como predicados uma série de problemas na vida privada, assim como sufocar os jornalistas que o criticam, que é uma prática comum ao PSDB. Entretanto, a situação em Minas Gerais é difícil e complicada. Muitos jornalistas foram perseguidos e demitidos de seus empregos por ordem expressa do ex-governador Aécio Neves e de sua irmã, Andréia Neves. Um exemplo disso é que a oposição em Minas criou o movimento "Minas Sem Censura". 
A vida pessoal de Aécio, então, é cheia de fatos nebulosos. A questão das drogas é uma delas. Ele não conseguiu até hoje explicar esta situação. Além disso, já foi surpreendido dirigindo bêbado no Rio de Janeiro em uma blitz da Polícia Militar e levado até a delegacia de polícia. Se isso não bastasse, agrediu sua esposa com um tapa em um evento social há cerca de dois anos. Leiam o artigo do jornalista Ricardo Melo publicado na "Folha de S. Paulo" no dia 16 de junho sobre o assunto. 


sexta-feira, 13 de junho de 2014

Baronato da mídia, Direita e Coxinhas

O Brasil vive um momento singular e perigoso. A direita ensandecida, insuflada pelo baronato da mídia - as 10 famílias que dominam os meios de comunicação no Brasil, onde a família Marinho é a maior milionária do país com uma fortuna de R$ 60 bilhões - vai ao desespero agindo da pior forma possível. O triste espetáculo que os coxinhas - a elite branca que o ex-vice-governador Cláudio Lembro denunciou - ofereceram na estreia do Brasil na Copa do Mundo no estádio Itaquerão é algo desalentador. Importantes jornalistas chamaram aqueles que vaiaram de pessoas mal-educadas. 
Imagino o que estas pessoas devem dizer em suas casas. Se agem dessa forma em público, em suas casas são pessoas das piores espécies. Imagino ainda os seus filhos (e netos) ouvindo aquilo que dizem em público. A elite branca, escravagista e preconceituosa mostra as suas garras. Apostou no fracasso da Copa do Mundo e deu com os burros n'água. Amparados por uma mídia golpista formada por "Folha", "Estado", "TV Globo" e "Veja" - verdadeiros esgotos da mídia que enganam a população diariamente - estes coxinhas chegaram ao limite. 
Nem na Venezuela a elite agiu dessa forma com Hugo Chaves que foi perseguido por pessoas que ganham muito dinheiro e pelos golpistas influenciados também pela grande mídia de lá e pelos EUA. A população necessita tomar cuidado para ver os interesses escusos desses coxinhas que querem vender o resta do patrimônio nacional, ficar subjugados aos interesses dos EUA e impor aos brasileiros uma penúria sem fim. Aécio Neves disse em encontro com empresários  que vai tomar medidas impopulares em seu mandato. Estas medidas são contra o povo, a exemplo do que fez Fernando Henrique Cardoso quando o país ficou de chapéu nas mãos pedindo empréstimos em cima de empréstimos ao FMI. 
Além disso, nunca a corrupção foi tão ampla no Brasil. Lamentavelmente, o Judiciário fecha os olhos para a corrupção dessa gente, a exemplo do que fez com os mensaleiros tucanos de Minas Gerais que foram anistiados por uma Justiça cada vez mais rancorosa. 
O Brasil necessita com urgência enfrentar esta ditadura dos baronatos da mídia no Brasil que tem tentáculos em cidades menores como é em Assis quando vemos um locutor ridículo de uma rádio local fazer campanha antipetista diariamente em um veículo de comunicação que é outorga do Estado. Como disse a conservadora revista inglesa "The Economist" nesta semana, nem nos EUA há uma televisão tão poderosa como a Rede Globo que abusa do poder que tem para veicular mentiras todos os dias, a exemplo dos direitistas Folha, Veja e Estado. Jornalistas progressistas são perseguidos e colocados à margem, sem espaço nestes veículos (?) de comunicação. 
A direita baba e espuma de ódio e raiva porque percebe que o povo brasileiro conquistou uma série de benefícios nos governos Lula e Dilma. Entretanto, vão perder novamente, apesar do império midiático que possuem. As pessoas deveriam boicotar tais veículos. Assistí-los e assiná-los é o mesmo que dar comida para cobra te picar.