quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Governo de SP destrói a escola pública

Uma pena que os professores de São Paulo não seguem o exemplo dos seus colegas do Paraná e fazem uma paralisação total contra o descalabro do governo Alckmin (e do PSDB) em relação à educação das escolas paulistas. 
O governo Alckmin promove a desordem na rede estadual de ensino. Ao mesmo tempo em que fecha classes, sobretudo no Ensino Médio e na Educação de Jovens e Adultos, deixando milhares de estudantes sem acesso ao ensino e milhares de professores desempregados, superlota outras salas de aula com mais de 45 ou 50 alunos, comprometendo a qualidade da educação e desgastando ainda mais os docentes, vítimas constantes de adoecimento. 
Como se isso não bastasse, as unidades escolares correm o risco de ter que interromper as aulas por falta de água (principalmente na Grande São Paulo), situação provocada pela irresponsabilidade do governo estadual, que há mais de dez anos conhecia as previsões sobre o colapso do sistema Cantareira e nada fez. 
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) participa do governo estadual desde 1995, como governador, vice e secretário. Os governos do PSDB foram e são inimigos da educação e dos professores. Haja vista o governador Beto Richa, do PSDB, no Paraná. A qualidade  do ensino vem caindo constantemente, as condições de trabalho pioram e não existe valorização do magistério. 
Os professores deveriam ter um aumento de 75,33% para equipação com as demais categorias com formação de nível superior (conforme prevê a meta 17 do Plano Nacional de Educação), rumo ao piso do DIEESE para jornada de 20 horas semanais de trabalho. 
O governo estadual também não cumpre a lei federal que garante aos professores tempo para preparar as aulas, elaborar e corrigir as provas e trabalhos, atender pais e alunos e realizar outras tarefas vinculadas ao ensino, jornadas estafantes, muitas vezes em mais de uma escola, estão acabando com a saúde dos professores e fazendo a educação perder a qualidade. 
Por isso, essa luta não é só dos professores, mais de toda a sociedade. Precisamos do apoio e da participação dos alunos e das famílias, que não podem fazer vistas grossas a este quadro de calamidade que vive a educação em SP. O governo estadual precisa entender que os professores não aceitam o sucateamento da escola pública e que não vão se omitir. Por isso, toda a sociedade necessita se unir em torno desta causa que é muito séria. 

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Mídia esconde o cerco ao governador tucano no Paraná


Um fato político de extrema importância aconteceu na semana passada no Paraná. A população saiu às ruas e em Curitiba impediu que os deputados entrassem na Assembleia Legislativa para votar o "pacote de maldades" do governador tucano Beto Richa. Curitiba viveu uma das maiores manifestações de sua história. 
Milhares de servidores públicos, trabalhadores e estudantes obrigaram o governador Beto Richa, do PSDB, a recuar no chamado "pacote de maldades" enviado à Assembleia Legislativa. Entre outros disparates, o tucano propunha confiscar a previdência dos servidores para tapar rombos da antiga administração - dirigida por ele mesmo!
Deputados chegaram de camburão, reuniram-se no restaurante e, ainda assim, não conseguiram votar o pacote. Notícia daquelas, de repercussão nacional, exceto na mídia de fora da região. Em todas as cidades do Paraná, professores colocaram as carteiras para fora das escolas e passaram a conversar com a população sobre o disparate do governador tucano Beto Richa. Entretanto, a mídia nacional simplesmente ignorou o que aconteceu no Paraná, dando pouco espaço a um acontecimento de extrema importância.
Foi na capital do Paraná. Mesmo Estado onde fica a Londrina do juiz Sérgio Moro, sede do antigo Bamerindus vendido a preço simbólico ao HSBC e do Banestado (Banco do Estado do Paraná), pivô da CPI que durante os anos 90 catapultou o doleiro Alberto Yousseff para manchetes. Mera coincidência, talvez... Esta é a mídia que nós temos, e que infelizmente, tem pessoas que são contra a democratização da comunicação no Brasil. 

O ESCÂNDALO HSBC - Outro assunto de extrema importância revelado na semana passada escondido ao máximo pela grande mídia foi de que o HSBC na Suiça ajudou milionários a ocultar bilhões de dólares e assim fugir do fisco em seus países de origem. A lista é ecumênica: inclui desde ricaços tidos como "limpos" até traficantes, ditadores e criminosos dos mais variados. 
São mais de 100  mil contas. O valor da maracutaia internacional passa de US$ 100 bilhões. Em moeda local, algo perto de R$ 300 bilhões. O argumento de que o tema está distante do leitor nacional não resiste aos fatos: cerca de 9 mil clientes envolvidos na falcatrua são brasileiros; o HSBC é um dos maiores bancos a operar no país; e, pelo que a investigação conseguiu apurar, a roubalheira decolou depois da aquisição pelo HSBC, de um banco e de uma holding de propriedade de Edmond Safra. A familiaridade do sobrenome com o Brasil, embora não seja prova de nada, dispensa comentários e deveria ser suficiente para aguçar a curiosidade de qualquer jornalista. 
Surpresa: o assunto praticamente desapareceu, a não ser quando encontram supostas conexões com o pessoal do Lava Jato. Esquisito. E os outros milhares de correntistas brasileiros premiados, desapareceram? A história não fecha. Aliás, é a segunda vez que um trabalho do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos recebe tratamento desprezível no Brasil. 
Lamentável, sob todos os aspectos. Aliás, o colunista da "Folha", Benjamin Steinbruch, está na lista do HSBC com uma conta destas na Suiça. O "jornalão" não vai investigar o seu "colunista"? 


domingo, 8 de fevereiro de 2015

Mídia esconde escândalo de R$ 1,5 bi dos tucanos

A mídia brasileira é  nojenta sob todos os aspectos. É impressionante a forma discreta, escondida mesmo, a verdadeira conspiração do silêncio montada pela mídia para noticiar (ou melhor, praticamente não noticiar) o bloqueio de bens do conselheiro tucano do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE), Robson Marinho. Marinho é investigado sob a acusação de ter recebido propina da multinacional francesa Alston. 
O bloqueio judicial também atinge uma empresa do grupo Alston, a Cegetec, e mais outra empresa a Acqualux, usada para o repasse de propina, segundo a Promotoria paulista. Marinho e Alstom são investigados no cartel tucano paulista, o escândalo de corrupção dos transportes em São Paulo, que operou na área durante 10 anos nas gestões dos governadores tucanos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin que há mais de 20 anos se revezam à frente do governo do Estado. 
Robson Marinho é um dos fundadores do PSDB. Foi o principal secretário de Estado do primeiro governo Covas - foi chefe da Casa Civil, de janeiro de 1995 a abril de 1997, quando foi nomeado e deslocado para o TCE-SP. 
Porém, isso na midia tucana (vide Folha, Estado, Globo, etc.), o fato de arrolados serem tucanos, do PSDB, é escondido. Sabem o quanto monta o valor dos bens bloqueados do conselheiro Marinho? R$ 280 milhões. A ação judicial pede, ainda, uma indenização correspondente ao valor do contrato e mais multa, o que totaliza, hoje, R$ 1,1 bilhão. Vejam, o bloqueio de bens no valor de R$ 280 milhões num processo que envolve, também, um pedido de indenização de R$ 1,1 bilhão e a mídia dá tudo isso em pequenas notas apenas. Os valores são altíssimos, a medida judicial do mais alto significado, e a imprensa noticia o fato como se trata de um caso de um cadáver sem autoria do crime. 
Além do bloqueio dos bens de Marinho e de sua mulher, a juíza Maria Gabriell Pavlópoulos Spaolonzi, da 13ª Vara da Fazenda Pública da capital determina bloqueio de bens de outras seis pessoas acusadas de envolvimento no esquema montado para ajudar a Alstom a conseguir um contrato sem licitação com estatais paulistas de energia em 1998, no governo Covas, segundo o Ministério Público Estadual. 
Se considerarmos os fatos e procedimentos, a própria justiça já vem tratando do caso, há tempos, com a máxima benevolência. Os deputados e o senador que chegaram a ser citados e foram arrolados, como envolvidos com o caso aos pucos vão sendo inocentados. Apesar do pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), de indiciamento e abertura de processo, já foram arquivadas denúncias contra o senador Aloysio Nunes Ferreira Filho (PSDB-SP) e os deputados Arnaldo Jardim (PPS-SP) e Edson Aparecido (PSDB-SP) - os dois deputados, inclusive, tornaram-se secretários de Estado deste novo governo Alckmin, nesta quarta vez que ele governa São Paulo. 
Contra gente do PSDB, pedidos de indiciamento e de processos são arquivados.