quinta-feira, 28 de abril de 2016

Partidos de esquerda não deveriam participar dessa farsa

O Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Comunista do Brasil (PC do B), o PSTU, o PDT e outros partidos alinhados com o pensamento da esquerda deveriam simplesmente não participar da votação no Senado programada para acontecer até o dia 15 de maio. Afinal, é um jogo de cartas marcadas envolvendo os setores mais reacionários do Brasil nesse golpe de Estado. Participar dessa farsa seria legitimá-la. É impossível reverter esta situação em um Senado - assim como na Câmara - dominado pela grande mídia golpista, amplos setores da burguesia, assim como setores do Judiciário apodrecido nesta aventura. 
O Brasil vive um dos momentos mais tristes de sua história. Inconformados com a derrota para a presidenta Dilma Roussef em 2014, começaram a articular um golpe de Estado que envolve as figuras mais podres da República. No Senado, por exemplo, estão Zezé Perrela (cujo helicóptero de sua empresa carregava mais de 400 quilos de cocaína apreendido em uma fazenda em 2013) e Antônio Anastácia (que praticou mais de R$ 58 bilhões em pedaladas fiscais quando governou o Estado de Minas Gerais), além de outras figuras soturnas como José Serra, e assim por diante. 
Imagine ser julgado por uma turma dessa. Nem Franz Kafka, em "O Processo", escreveria um roteiro tão absurdo como este. Como se sabe, em "O Processo", o personagem principal é acusado em um processo eivado cheio de absurdos. É justamente isso o que acontece com a presidenta Dilma Roussef que poderá ser afastada sem ter cometido crime algum. 
É um golpe de Estado comandado pelos grandes meios de comunicação - com a criminosa Rede Globo à frente, tendo como coadjuvantes "Folha", "Estado", "O Globo" e "Veja". Tais órgãos de comunicação, pertencentes a oito famílias milionárias e defensoras da grande burguesia nacional, viraram partido político e conspiram desde 2003 com os governos do PT. Comandam grandes empresários nacionais e o que existe de mais fascista no Brasil. Por sinal, liberaram os animais fascistas e agora o difícil é colocá-los nas jaulas novamente. 
O que eles querem é liberar um saco de maldades contra a população brasileira, principalmente aquela mais pobre. Vão mexer em direitos dos trabalhadores, com modificações na CLT; cortar gastos com a Educação e Saúde; e terminar com inúmeros programas sociais, principalmente o Bolsa Família e os programas "Minha Casa, Minha Vida" e o "Mais Médicos". Vai ser terra arrasada. Como bem disse o teólogo Leonardo Boff, se o povo pobre soubesse o que vem por aí, simplesmente estaria lotando as ruas de todas as cidades brasileiras. 
São medidas draconianas e absurdas que penalizaram a população. Será um possível governo para os ricos. Por isso, é mais do que hora dos brasileiros saírem as ruas e lutarem contra este golpe de Estado que infelicitará todos os brasileiros. 

segunda-feira, 18 de abril de 2016

O golpe foi televisionado

Em abril de 2002, na Venezuela, após uma série de ataques da mídia local, o presidente Hugo Chávez sofre um golpe e é sequestrado. Uma equipe da TV da Irlanda estava no país desde setembro de 2001, para realizar um documentário sobre o presidente e sua administração popular. Kim Bartley e Donnacha O'Obriain, ao perceberem a movimentação política do país, registraram as manifestações, pró e contra, que culminaram no golpe. Esses registros, com imagens inclusive do interior do palácio, se tornaram o documentário "A Revolução não será televisionada", lançado em 2003. 
A elite venezuelana estava insatisfeita com a administração de Chávez, pois essa reduziu suas regalias. A mídia, principalmente televisiva, noticiava, mentirosamente, fatos contra o presidente, inclusive que chavistas teriam assassinado várias pessoas em um protesto. Nos dias do golpe, foi divulgado que o presidente renunciou, o que era mentira. A TV omitiu o fato de que Chávez não assinou a renúncia e que ele somente se entregou aos golpistas sob a ameaça de que o palácio presidencial ser bombardeado por militares contrários ao regime bolivariano. Naquele momento era impossível que a verdade chegasse ao povo, pois os canais que apoiavam Chávez sofreram sabotagem técnica e ficaram fora do ar. Assumiu, com o apoio da mídia e com toda a arrogância, Pedro Carmona, destituindo os poderes até então constituídos. Os motoboys tiveram um papel importante: levavam as informações para a periferia de Caracas, e 12 horas depois, o povo pobre da Venezuela marchou contra o Palácio, retirando os golpistas e devolvendo o poder a Hugo Chávez. 
No Brasil, a situação foi semelhante, mas inversa. O golpe foi televisionado pelo oligopólio midiatico, capitaneado por uma organização criminosa chamada Rede Globo de Televisão, responsável por uma campanha absurda contra a presidenta Dilma, Lula e o PT, ao lado de outros veículos golpistas como Folha, Estadão, Veja e outros mais. De repente, a burguesia brasileira não admitia mais a redistribuição de renda aos pobres. Como não tem voto, resolveu buscar o atalho ao poder e buscou o golpe. 
Quem assistiu o golpe televisionado teve condições de observar o espetáculo mais deprimente. Deputados envolvidos até o pescoço com corrupção, comandados por um bandido, no caso, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, abrindo um processo de impeachment (golpe) contra uma presidenta contra quem não há qualquer acusação. O golpe brasileiro está sendo ridicularizado no mundo todo. A imprensa internacional está fazendo comentários desairosos contra o que aconteceu no Brasil. 
Isso aconteceu porque temos um oligopólio midiático comandado por 11 famílias milionárias que diariamente trabalha contra os interesses da classe pobre brasileira. Conspira, quer manter os privilégios de poucos abnegados e não admite que a senzala tenha direitos. Quer manter a Casa Grande no poder. Caso este golpe se consume, o povo brasileiro vai cair na real e terá condições de observar o pacote de maldades que estão programando contra ele. 
Para encerrar, quero lembrar dos "santos" que votaram contra a presidenta Dilma. Uma deputada lembrou que o Brasil deveria se espelhar no seu marido, prefeito de Montes Claros (MG), um exemplo de honestidade administrativa. Um dia depois, o mesmo foi preso pela Polícia Federal por corrupção na área da saúde. São estes que vão governar o Brasil cujo povo foi enganado até hoje por este oligopólio midiático mentiroso e criminoso. 




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sábado, 9 de abril de 2016

Vivemos uma ditadura fascista

É terrível dizer isso, mas o Brasil já vive uma ditadura fascista em função das ações de uma direita raivosa e sem escrúpulo. A começar pelos grandes meios de comunicação de massa - que pertencem a oito famílias - que usam uma concessão pública para agredir e difamar um governo legalmente eleito, insuflando a população (a maioria desinformada e facilmente manipulada) a derrubá-lo. A direita fascista usa comumente - como aconteceu em 54 com Getúlio Vargas e 64 com João Goulart - a questão da corrupção. Sempre a mesma coisa. São órgãos de comunicação extremamente concentrados que colocam em risco a democracia no Brasil. É uma campanha insidiosa, diária, comandada pela organização criminosa Rede Globo de Televisão. Ou como os manifestantes mostram cartazes nas ruas - "Rede Golpe de Televisão". 
Se não bastasse isso, temos ainda um Congresso Nacional extremamente conservador, comandado por um chefe de quadrilha, no caso, Eduardo Cunha. Um bandido na acepção da palavra. Vários outros se reúnem em torno dele, todos atolados em corrupções das grossas. Produzem um relatório ridículo, sem qualquer base legal, acusando a presidenta Dilma Roussef de irregularidades que não existem. É alfo kafkaniano. 
Mas, o fascismo já se manifesta nas ruas há muito tempo. E a onda fascista se agrava. Outro dia uma mulher atacou o arcebispo de São Paulo dentro da Catedral da Sé durante uma cerimônia religiosa alusiva à Semana Santa, chamando-o de comunista. Diga-se, que o referido arcebispo é ligado a ala conservadora da Igreja Católica. 
No dia 06 de abril, o frei Sérgio Goergen, conhecida liderança do MPA - Movimento dos Pequenos Agricultores - tomou uma posição ideológica ao receber um panfleto da Fiesp das mãos de um "pato": amassou e jogou o tal panfleto no lixo, já que discorda do golpe contra a democracia em andamento no país e financiado em parte justamente pela Fiesp, que entre outras coisas, paga pessoas pra se fantasiarem de patos e e distribuírem material ofensivo a Presidenta Dilma e a classe trabalhadora. Pois o tal "pato" resolveu ir para as vias de fato com o frei Sérgio. A Polícia Militar do DF resolveu então levar preso o frei Sérgio. Enquanto isto, o "pato" pode continuar solto, distribuindo material ofensivo a Presidenta Dilma. A PM, que deveria proteger todos os cidadãos, resolveu prender o padre e liberar o "pato". Esta onda golpista no Brasil liberou ondas de loucura e ódio jamais vistos. 
Gente batendo em bispos católicos, polícia prendendo padres e gente pacífica e deixando os fascistas agirem com sua usual violência. Some-se a isto a postura pública de muita gente agredindo pessoas verbalmente tanto em redes sociais como presencialmente, chegando ao ridículo da estranha "possessão" da advogada Janaína Pascoal, propositora do processo de impedimento de Dilma. 
A PM do Paraná, junto com jagunços de uma empresa de celulose promoveram uma emboscada nesta semana e mataram dois Sem-Terra. A mesma PM que bateu em professores de forma covarde no ano passado comandada por um governador fascista e corrupto do PSDB chamado Beto "Hitler" Richa. O jornalista Juca Kfouri já foi xingado em frente do prédio onde mora em São Paulo, assim como Jô Soares, e assim vai...
E para concluir, deputados corruptos e a grande mídia querendo fazer valer um processo produzido por uma figura estranha que leva o nome de Jovair Arantes, deputado de Goiás, um bandido com todas as letras. Os brasileiros precisam voltar a razão urgentemente, sob pena de perdermos a democracia conquistada a dura penas.